sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Visitação ao Palácio Rio Branco

                                                                        Por Josiany Dórea

 
A nossa conversa afinada realizou-se no Palácio Rio Branco. Retornamos aos nossos encontros em grande estilo fazendo uma releitura sobre a nossa história
                                                                                                     

O Palácio do Rio Branco era a residência e sede do Primeiro Governador Geral do Brasil, Tomé de Souza. Está localizado na Praça Tomé de Souza, ao lado do Elevador Lacerda; próximo a Prefeitura de Salvador e a Câmara dos Vereadores. 
   


       Segundo os historiadores, o Palácio do Rio Branco representa a quarta versão arquitetônica do Palácio Real dos Governadores feito pelo fundador da cidade, Tomé de Souza. Considerado o centro político da Cidade, o palácio transformou-se em cenário de fatos históricos acompanhados de várias celebridades da época. Em 1818, o Palácio hospedava D. João VI e sua esposa Dona Carlota Joaquina e vários netos, entre os quais D. Pedro, menino de nove anos, depois Imperador do Brasil. Em 1859 foi residência provisória de D. Pedro II e sua mulher, a imperatriz Tereza Cristina. 

          Em 24 de fevereiro de 1900 é inaugurada a construção do novo prédio do palácio, com vários salões e salas, na gestão do governador da Bahia, Luís Viana. 

         O Palácio foi um dos pontos atingidos pelo bombardeio efetuado na cidade do Salvador, a mando do Presidente da República Hermes da Fonseca, em 1912. O prédio ficou praticamente em ruínas. Entre as várias perdas, a mais prejudicial foi à destruição do rico acervo de livros raros que ficava no térreo. Contudo, em 1919, é edificada a última construção que passa a ser chamada de Palácio do Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco. Toda a reconstrução da parte bombardeada e demolida na fachada principal foi projetada pelo arquiteto italiano Júlio Conti.  

    No ano de 1949, o palácio passa por novas reformas e ampliações em função de crescimento administrativo, permanecendo como centro de decisões até 1979.


Parte externa do Palácio do Rio Branco
Atualmente o Palácio Rio Branco abriga a Fundação Pedro Calmon, a Fundação Cultural do Estado da Bahia e o Memorial dos Governadores. Em 2010, novamente restaurado, o Palácio passa a receber visitantes   com   hora    marcada   e acompanhada por guias. “O Rio Branco  tem fachada eclética, refinado interior em estilo do período belle époque e está construído a 70 metros de altura do nível do mar, acima da Baía de Todos os Santos, no mesmo local em que Tomé de Souza edificou, a partir de 1549, a primeira casa governamental do Brasil e, por isso, esse prédio é tão emblemático para ser mais visitado e conhecido”, explica o diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, Frederico Mendonça.

Observamos que somos capazes de vislumbrar o mar, curtimos as praias, bares e restaurantes, show com variados estilos musicais, contudo, não utilizamos um tempo para contemplar nossos museus. É preciso que os órgãos públicos e os canais midiáticos divulguem e incentivem a participação da sociedade aos museus, principalmente em Salvador.
Visto que, em nossa cultura, relacionamos as visitas aos museus com aulas de campo nas Escolas. Então, fica  uma representação de que o museu é para estudos acadêmicos. Geralmente, não conseguimos associar o Museu como uma boa dica para nosso lazer  nos fins de semana.

 

O museu é, portanto, o instrumento  que garante a reprodução da  nossa  história, pois, transforma as personagens, objetos, livros e afins em imortais; o que possibilita reviver o contexto histórico  e  cultural  de uma nação. Observamos isso no Palácio Rio Branco em que comporta os acervos da nossa história política baiana.
                                                                                    

Visitamos o Palácio Rio Branco com hora marcada   e   acompanhados  pela    guia Itamara que nos proporcionou  uma   manhã   de conhecimentos  e  recordações  à  nossa história. Ela nos informou que atualmente o governador Jacques Wagner trabalha em   umas  das  salas  do Palácio, resgatando a nossa história.
Passamos pela a escada de cristal   com   seu tapete vermelho, a sala de espelhos, sala de despachos; a estátua  do  Governador Tomé de Souza e contemplamos  a  linda vista para a baia de Todos os Santos.


Atual sala de despachos 
do Governador Jacques Wagner

Visitamos   também   o   Memorial   e   a  Galeria dos Governadores Republicanos Baianos, localizado no Térreo do  Palácio  Rio Branco.

Saímos do Palácio com a certeza de que  precisamos visitar os museus em nossa cidade. Um povo que não conhece a sua cultura e história é considerada analfabeto cultural. Portanto, não desenvolve o interesse para compreender a História, assim afirma Gilberto Cotrim: “A História mostra o que os homens foram e fizeram. Isso nos ajuda a decidir o que podemos ser e fazer”. E o Palácio Rio Branco é o retrato do que foi e continua sendo a nossa História.



 

Agradecemos a todos que participaram da nossa conversa afinada em 20/04/2013.
 
   



 

          



      



































































































   



   
*Caso prefira, as visitas podem ser previamente agendadas através do telefone (71) 3117-6491.
Referências:
Silva, Cecília Luz, A Cidade do Salvador nos seus 454 anos. Salvador, EGBA, 2006.