domingo, 26 de janeiro de 2020


BRECHÓS
Josiany dórea

Um assunto que abordaremos muito e que está em alta: Brechós. Em breve o insight filosófico estará focado neste tema.
Em princípio, temos um blog que mostra de forma bem reduzida o desenvolvimento dos brechós e como vem expandindo.
Vamos pensar um pouco como o consumo consciente pode fazer parte de nossa vida e como podemos contribuir para reduzir os abusos de consumo em roupas, sapatos, acessórios e outros objetos de forma mais consciente, reaproveitando e recriando hábitos e comportamentos mais sustentáveis.
Vamos ler o texto e abrir à mente para o novo, o diferente, para novas possibilidades de Consumo.

BRECHÓS: A MODA QUE ESTÁ PEGANDO

Por: Eu sem fronteiras

Brecbolita
Faz um tempo que os brechós deixaram de ser vistos como espaços de roupas usadas e fora de moda. Hoje, mais do que nunca, eles estão em alta. Essa mudança pode ser consequência de alguns fatores, como a conscientização de um consumo menos exagerado, o aumento de feiras de troca solidária ou até mesmo uma forma de mudar o estilo sem gastar muito e garimpando peças autênticas.



Realmente, o brechó está com tudo e não é à toa. Além de ser considerada uma opção sustentável, pois há o reaproveitamento das peças, ele também se torna uma boa opção em momentos de crise, em que famílias não querem gastar tanto com roupa.


MODA CONSCIENTE, MAS COM CALMA

Sim, é possível conseguir verdadeiros achados nos brechós. Hoje, eles estão mais modernos, alguns apresentam apenas peças de grife por um preço mais em conta, e se tornaram os queridinhos de muitas pessoas.
Mas é preciso ir com calma. Como é possível encontrar peças baratas, também é necessário cuidado para não exagerar e acabar comprando roupas que você não vai usar. A pergunta que deve ser feita tanto para quem frequenta brechós, como para quem compra no varejo é: “Realmente eu necessito desta peça?”


FAMOSAS TAMBÉM ADEREM AOS BRECHÓS

Esqueça aquele velho pensamento que brechó é somente para quem não tem condição de comprar. Há muitas famosas indo a esses locais, ou que são completamente apaixonadas por eles.
Um exemplo são as atrizes Maria Flor, Thaila Ayala, Fernanda Lima, Preta Gil e Julia Roberts, que adoram garimpar peças em brechós. Seja aqui no Brasil, ou em outros países é possível encontrar bons brechós que ofertam peças clássicas – ou não – e com um preço acessível.

O QUE OBSERVAR NA HORA DE COMPRAR NO BRECHÓ

@brecholita2017
Se você ainda não comprou em brechó e tem interesse, acredite que vale a pena. Mas tudo vai depender do local que frequentar. Você poderá encontrar peças com defeitos, que não necessariamente precisam ser usadas em eventos, pode ser em casa.

Cuidado para não comprar em exagero. Algumas vezes, você poderá não encontrar as peças que estava procurando, por isso, é necessário paciência.






UM PRÓPRIO ESTILO

Estar na moda vai depender muito do estilo de cada um. Você pode fazer o seu. O mundo fashion muda a cada seis meses e acompanhar este estilo não são para qualquer um. Nem por isso, quer dizer que você não está na moda, já que a moda é você quem faz.
Optando por brechós, você vai compreender aos poucos como funciona os seus interesses, o que você gosta de usar, o que fica bem no seu corpo. Nem sempre o que está bonito nas modelos ficará bem em você, e com brechós, você pode experimentar várias peças e se apaixonar por um novo estilo.
O mais legal de tudo é ver este ciclo ocorrendo. Seja pela conscientização ou por outro motivo, os brechós serão sempre um bom investimento. Não tenha dúvida e se renda a esse hábito que está com tudo, e que não deve sair da moda tão cedo. E aí leitores, alguma indicação de brechó?

Texto escrito por Angélica Weise da Equipe Eu Sem Fronteiras.


terça-feira, 14 de janeiro de 2020


OLHAR, VER E PENSAR
Josiany Dórea

O artigo abaixo nos remete a uma reflexão filosófica sobre o ver e o olhar aprendendo a pensar sobre a diferença entre ambos. A filósofa Márcia Tiburi nos proporciona um novo olhar acerca do ver ... A importância de buscarmos o olhar crítico, reflexivo para as artes, e acredito, para nossa vida cotidiana, nos dará uma nova proporção para o pensar.


O olhar e o ver faz parte de um contexto social, económico, cultural e político da nossa sociedade. Vamos olhar vendo e pensando nas variadas possibilidades...





APRENDER A PENSAR É DESCOBRIR O OLHAR
Márcia Tiburi

       A diferença entre ver e olhar é tanto uma distinção semântica que se torna importante em nossos sofisticados jogos de linguagem tomados da tarefa de compreender a condição humana – e, nela, especialmente as artes –, quanto um lugar comum de nossa experiência. Basta pensar um pouco e a diferença das palavras, uma diferença de significantes, pode revelar uma diferença em nossos gestos, ações e comportamentos. Nossa cultura visual é vasta e rica, entretanto, estamos submetidos a um mundo de imagens que muitas vezes não entendemos e, por isso, podemos dizer que vemos e não vemos, olhamos e não olhamos. O tema ver-olhar – antigo como a filosofia e a arte – torna- se cada vez mais fundamental no mundo das artes e estas o território por excelência de seu exercício. Mas se as artes nos ensinam a ver – olhar, é porque nos possibilitam camuflagens e ocultamentos. Só podemos ver quando aprendemos que algo não está à mostra e podemos sabê-lo. Portanto, para ver olhar, é preciso pensar.

 Ver está implicado ao sentido físico da visão. Costumamos, todavia, usar a expressão olhar para afirmar uma outra complexidade do ver. Quando chamo alguém para olhar algo espero dele uma atenção estética, demorada e contemplativa, enquanto ao esperar que alguém veja algo, a expectativa se dirige à visualização, ainda que curiosa, sem que se espere dele o aspecto contemplativo. Ver é reto, olhar é sinuoso. Ver é sintético, olhar é analítico. Ver é imediato, olhar é mediado. A imediaticidade do ver torna-o um evento objetivo. Vê-se um fantasma, mas não se olha um fantasma. Vemos televisão, enquanto olhamos uma paisagem, uma pintura.


A lentidão é do olhar, a rapidez é própria ao ver. O olhar é feito de mediações próprias à temporalidade. Ele sempre se dá no tempo, mesmo que nos remeta a um além do tempo. Ver, todavia, não nos dá a medida de nenhuma temporalidade, tal o modo instantâneo com que o realizamos. Ver não nos faz pensar, ver nos choca ou nem sequer nos atinge. As mediações do olhar, por sua vez, colocam-no no registro do corpo: no olhar – ao olhar - vejo algo, mas já vitimado por tudo o que atrapalha minha atenção retirando-a da espécie sintética do ver e registrando-a num gesto analítico que me faz passear por entre estilhaços e fragmentos a compor – em algum momento – um todo. O olhar mostra que não é fácil ver e que é preciso ver, ainda que pareça impossível, pois no olhar o objeto visto aparece em seus estilhaços de ser e só com muito custo é que se recupera para ele a síntese que nos possibilita reconstruir o objeto. É como se depois de ver fosse necessário olhar, para então, novamente ver. Há, assim, uma dinâmica, um movimento - podemos dizer - um ritmo em um processo de olhar-ver. 
Ver e olhar se complementam, são dois movimentos do mesmo gesto que envolve sensibilidade e atenção.
O olhar diz-nos que não temos o objeto e, todavia, nos dispõe no esforço de reconstituí-lo. O olhar nos faz perder o objeto que visto parecia capturado. Para que reconstituí-lo? Para realmente capturá-lo. Mas essa captura que se dá no olhar é dialética: perder e reencontrar são os momentos tensos no jogo da visão. Há, entretanto, ainda outro motivo para buscar reconstruir o objeto do olhar: para não perder além do objeto, eu mesmo, que nasço, como sujeito, do objeto que contemplo – construo enquanto contemplo. Olhar é também uma questão de sobrevivência. Ver, por sua vez, nos liberta de saber e pode nos libertar de ser. 

          Se o olhar precisa do pensamento e ver abdica dele, podemos dizer que o sujeito que olha existe, enquanto que o sujeito que vê, não necessariamente existe. Penso, logo existo: olho, logo existo. Eis uma formulação para nosso problema.
           Mas se não existo pelo ver, não estou implicado por ele nem à vida, nem à morte. Ver nos distancia da morte, olhar nos relaciona a ela. O saber que advém do olhar é sempre uma informação sobre a morte. A morte é a imagem. 

          A imagem é, antes, a morte. Ver não me diz nada sobre a morte, é apenas um primeiro momento. Ver é um nascimento, é primeiro. O olhar é a ruminação do ver: sua experiência alongada no tempo e no espaço e que, por isso, nos instaura em outra consistência de ser. Por isso, nossa cultura hipervisual dirige-se ao avanço das tecnologias do ver, mas não do olhar. É natural que venhamos a desenvolver uma relação de mercadoria com os objetos visualizáveis e visíveis. O olhar implica, de sua parte, o invisível do objeto: a coisa. Ele nos lança na experiência metafísica. Desarvoramos a perspectiva, perturba-nos. Por isso o evitamos
        Todavia, ainda que a mediação implicada no olhar faça dele um acontecimento esparso, pois o olhar exige que se passeie na imagem e esse passear na imagem traça a correspondência ao que não é visto, é o olhar que nos devolve ao objeto – mas não nos devolve o objeto - não sem antes dar-nos sua presença angustiada.


           O olhar está, em se tratando do uso filosófico do conceito, ligado à contemplação, termo que usamos para traduzir a expressão Theorein, o ato do pensamento de teor contemplativo, ou seja, o pensar que se dá no gesto primeiro da atenção às coisas até a visão das ideias tal como se vê na filosofia platônica.

Paul Valéry disse que uma obra de arte deveria nos ensinar que não vimos aquilo que vemos. Que ver é não ver. Dirá Lacan: ver é perder. Perder algo do objeto, algo do que contemplamos, por que jamais podemos contemplar o todo. O que se mostra só se mostra por que não o vemos. Neste processo está implicado o que podemos chamar o silêncio da visão: abrimo-nos à experiência do olhar no momento em que o objeto nos impede de ver. Uma obra de arte não nos deixa ver. Ela nos faz pensar. Então, olhamos para ela e vemos.


Artigo originalmente publicado pelo Jornal do Margs, edição 10 (setembro/outubro)/ www.arteescola.org.br.                      


A MÚSICA COMO FERRAMENTA PARA ANSIEDADE
                                                                                                                   Josiany Dórea

Pesquisas revelam que ouvir música contribui para reduzir o estresse, a ansiedade e várias outras patologias mentais.
Eu particularmente, gosto muito de ouvir música. Sinto que há uma mudança em meu comportamento quando aprecio uma música. Ela consegue transformar meu comportamento durante o dia.
E você, como a música de influencia no seu cotidiano?
Vamos ler aqui um artigo que fala um pouco sobre a prática de ouvir música para redução da ansiedade.  

OUVIR MÚSICA PODE AJUDAR A CONTROLAR PICOS DE ANSIEDADE NO DIA A DIA?

Em níveis exagerados, a ansiedade é considerada patológica e pode prejudicar a saúde de qualquer pessoa. Os diferentes quadros de ansiedade devem ser acompanhados por um especialista, que indicará as melhores formas de tratamento, o que pode incluir o simples hábito de ouvir música, uma prática que pode ajudar a controlar picos de ansiedade no dia a dia.

Ouvir música reduz estresse e tensão muscular
“Os estudos mostram que a musicoterapia pode contribuir, em várias condições, para promover a saúde mental e aliviar algumas patologias mentais, como em transtornos de ansiedade, em crianças e adolescentes com dificuldade de desenvolvimento e aprendizagem, problemas de abuso de substâncias e mal de Alzheimer”, afirma a psiquiatra Ana Paula Bechara Marquezini Gazolla.

Para os casos de transtornos de ansiedade, a música pode ajudar a reduzir o estresse e a promover uma sensação de bem-estar, graças à liberação da endorfina, um neurotransmissor capaz de melhorar o humor e de auxiliar no controle da dor. As técnicas utilizadas pela musicoterapia também colaboram para relaxar o corpo, prevenindo a tensão muscular, um dos sintomas causados pela ansiedade.
No tratamento da ansiedade, música deve ser associada ao uso de medicações
A música também pode se tornar um aliado na luta contra a insônia, outro sintoma dos transtornos de ansiedade. “O som pode contribuir para o relaxamento e induzir emoções positivas, facilitando a chegada do sono, mas depende do estilo da música. A recomendação é ouvir música calma e suave, que ajuda a relaxar e embalar o sono”, diz o neurologista e especialista em Medicina do Sono Shigueo Yonekura.

No entanto, ouvir música não deve ser a única medida para tratar a ansiedade. “Nos casos de ansiedade moderada e grave, o tratamento medicamentoso deve estar sempre associado. A musicoterapia seria um adjuvante, fazendo parte da terapia não medicamentosa”, explica Ana Paula. O uso de remédios, a psicoterapia e técnicas de meditação devem ser considerados pelo médico e pelo paciente.