segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A FAMÍLIA

Por Jocilene Dórea

Iniciamos a nossa Sétima Conversa Afinada no dia quinze de janeiro de dois mil e doze com a Música relacionada ao nosso tema: Família. A canção do grupo Titãs nos remete ao período dos anos oitenta em que os papeis dentro da família eram bem definidos.

Percebemos que atualmente são os vínculos afetivos que definem mais os laços familiares e não a consanguinidade como normalmente associamos quando pensamos no tema Família. Ser família é muito mais convivência do que parentesco.

Aprendemos com a nossa convidada Nádia Moura através de uma simples dinâmica, exibida com os dedos das mãos, o verdadeiro conceito de família para que todos os participantes possam entender e dissociar do sentido de grupo biológico.

Na dinâmica, percebemos que o poder do vínculo familiar é muito forte, e que a família é base de toda formação e desenvolvimento do ser humano. É a primeira instituição à qual o indivíduo pertence.

A organização familiar acompanha as transformações da evolução social, econômica, política, tecnológica, relações homossexuais e a emancipação da mulher.

Os costumes e padrões que se revelam em uma moral sexual menos repressiva, com pouca estabilidade no casamento, a sexualidade desligada da procriação são responsáveis pelas mudanças da família tradicional. A estrutura familiar transforma-se no decorrer da história do ser humano.

No século XX, vivemos a alteração do papel feminino onde a mulher em sua maioria é a principal responsável pela renda familiar. As mulheres passam a ter projetos pessoais e profissionais autônomos. Enfrentam uma dupla jornada de trabalho, porque os encargos domésticos continuam sob sua maior responsabilidade.

Devido essas mudanças temos atualmente vários tipos de Família: extensa, nuclear, monoparental, homoparental, recompostas e outras. E assim refletimos: Qual o modelo de família é o mais certo? Analisamos que não existe um modelo padrão. Não é a Família Tradicional a exemplar. O que prevalece para o bom convívio familiar é uma criação direcionada para o respeito, o amor em que os pais (ou os membros que assumem este papel) sejam o exemplo para os filhos.

A Foto ilustra que é possível conviver com as diferenças e isso só épossível através da CRIAÇÃO.

E Como lidar com as diferenças?

No vídeo (ver abaixo) Bob, o filho, entra numa crise de identidade. Conflito entre querer agradar o pai e satisfazer seus desejos.



No vídeo Bob não pode dizer o que ele realmente quer para não desagradar o pai. E esconde da família, por certo período até quesua própria identidade se revela.
Em cena o pai vai procurar Bob no quarto e diz: “meu filho não confia em mim”. Sendo assim, o filho sabe que será rejeitado expondo sua opinião contraria ao pai. A descoberta provoca a insatisfação do pai é como se tudo que o pai projetou para seu filho, fosse dilacerado, o filho não é mais aceito.

Educar alguém significa ensinar alguém. Isso quer dizer, passar ideias, opiniões e conhecimentos, que variam de pessoa para pessoa. Porém, algumas vezes pais e filhos têm opiniões diferentes.

Nada melhor que um bom diálogo para o entendimento, afinal de contas, é conversando que a gente se entende. Isso foi mencionado no Vídeo na mediação feita pela a mãe.

Os pais não vivem no mesmo mundo dos seus filhos.Cada um tem seu próprio mundo e por isso o diálogo é tão importante. Ele é a ponte de um mundo para outro: o mundo dos pais e o dos filhos.

Para isso é preciso se colocar no lugar do outro, o que é uma tarefa difícil. Porém é importante fazer este exercício de empatia frequentemente, pois muitos conflitos poderiam ser evitados. Algumas perguntas são norteadoras como, por exemplo: O que meu filho pensa sobre determinado assunto? Como ele se sente? As respostas ajuda entender as ações das pessoas que amamos.

Todo mundo sabe que os pais só querem o melhor para seus filhos.Mas será que os pais sabem o que é melhor para seus filhos?

O melhor para qualquer família é poder ter espaço para expor e conversar sobre opiniões,vontades, experiências, dúvidas, ser compreendido e respeitado.

Bom relacionamento familiar não é fácil, porém não precisa ser impossível.Como são pessoas diferentes, com idéias, objetivos, sentimentos e percepções diferentes e que convivem juntas, precisam se respeitar.

Para os filhos, relacionar-se com os pais é difícil muitas vezes, pois são eles que proíbem as vontades mais incontroláveis, dão limites, brigam, dizem não diante das insistências em dizer sim e dizem sim quando se prefere o não.

Pronto! A confusão está feita. Mas como resolvê-la?

O filho pode dizer o que aconteceu, o que pensa e sente?

Os pais o aconselham e indicam um caminho, por vezes caminham juntos ou constroem novos caminhos para soluções. Desta forma, podem-se construir laços de amizade e confiança e sempre possuirão entrada livre para ensinar-lhes a enxergar e trilhar os melhores caminhos.

Portanto, educação significa partilha e união. Lembramos a celebre frase de Pitágoras, matemático e filósofo grego, (570 a.C- 496 a.C) que afirmava “Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." Por isso, dentro da família, a educação é a ponte possível entre os dois mundos: o dos pais e o dos filhos.

O profissional em Psicologia da Família aplica importantes intervenções no grupo familiar. Pois estudos demonstram que os conflitos estão mais relacionados com o comportamento familiar do que com o comportamento individual. Assim, a terapia trabalha questões voltadas para os relacionamentos dos membros familiares.

Finalizamos com a dinâmica dos gravetos aplicada por Nádia Moura inspirada no Filme História Real.


Os gravetos quando separados são frágeis e se quebram facilmente. Mas quando estão juntos, unidos ficam fortes, firmes e resistentes.



Como ilustrado na Figura ao lado para eles ficarem unidos é preciso um elo. Fazendo uma analogia com a família, percebemos que este elo é a força que vem dos pais, avós ou membros familiares que promovem e garantem esta ligação integrando toda família.


O principal fator para uma família é o amor. Os filhos irão crescer acreditando na força desse sentimento que á a base de tudo. Sendo assim, surge a compreensão, o diálogo, a imposição de limites, a honestidade, os valores éticos.

Agradecemos a presença de nossas convidadas Aldalice Souza, Joacira Conceição e Nádia Moura.


Jocilene Dórea é estudante de Psicologia
É graduada em Pedagogia com Habilitação em RH
E pós-graduada em Gestão de Pessoas










7ª Conversa Afinada em 15/01/2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

RETROSPECTIVA 2011

É BOM RECORDAR!
Por Josiany Dórea

No décimo sétimo dia do mês de dezembro realizamos nossa Sexta Conversa Afinada com uma retrospectiva dos encontros que tivemos durante o primeiro ano de Insight Filosófico.

Em Julho/2011, a nossa Primeira Conversa Afinada foi o alicerce que precisávamos para caminhar em direção aos novos conhecimentos adquiridos durante todo o percurso dos nossos encontros. “O conhecimento traz luz” nos fortaleceu e provou que precisamos todos os dias sair da caverna e criar novos insights.

Partimos para a Segunda Conversa - Parte I, em agosto/2011, exibida por Jocilene Dórea e vimos o quanto foi importante adquirir informações sobre o mal de Alzheimer. Fizemos alguns exercícios para mais uma vez trabalharmos com os dois lados do cérebro: a memória e a percepção.

Ao lado um dos exercícios praticados no nosso encontro. Tente fazer também e exercite o seu cérebro. Ele agradece.

De forma simples e descontraída caímos de paraquedas na poesia e demos de cara com a poesia concreta com o título: Círculo filosófico. Foi muito bom recordar a Segunda Conversa Parte II apresentada por Viviane Oliveira. O brilho e o encanto da poesia nos contagiaram e provaram que a Poesia e a Filosofia formam um casamento perfeito.

Em setembro e outubro/2011, a Terceira e a Quarta Conversas Afinadas foram um salto para recordarmos sobre o Meio Ambiente X Qualidade de Vida. Como foi bom relembrar as apresentações de Jaciene Santos e Virginia Oliveira sobre a importância da água, refletir sobre a preservação do meio ambiente e rever a explanação sobre as doenças provocadas pela falta de saneamento básico e pelo desmatamento florestal.

Será que precisamos de um motivo para ser feliz? Recordamos nossa Quinta Conversa em novembro/2011 com essa pergunta. Relembramos a minha apresentação e de Josemary Dórea sobre Felizsofando com Epicuro. Foi muito importante perceber o quanto esse tema pode ser explorado e quantos aspectos podem ser abordados sobre a Felicidade. E haja conversa...

É possível ser feliz sem consumir nos tempos
atuais?
Ou é impossível consumir e não ser
feliz?
Que diferença há nas relações entre...
Quem faz do consumo um meio de felicidade
E quem nega o consumo na tentativa de ser feliz?
Será essa a medida da Felicidade?

Recordamos com um vídeo produzido por Jocilene Dórea e Marcio Carvalho, as apresentações dos nossos encontros. Um momento único e maravilhoso de convivência e respeito ao saber. Jocilene Dórea reforçou as apresentações com suas sábias palavras sobre o conhecimento.

Vejamos:

"Você aprender algo é muito gratificante porque eleva autoestima. O ser humano tem a capacidade de aprender coisas novas o tempo todo. O que a gente aprende o nosso cérebro automatiza e daí, a gente começa a poder aprender várias coisas. Contudo, o que fazemos? Temos a mania de sempre fazer as mesmas coisas e acabamos deixando de lado o novo. É mais fácil ser elogiado pelas coisas que normalmente fazemos do que dirigirmos para outra pessoa e falar: eu não sei. Você me ensina? Na maioria das vezes, o orgulho atrapalha a gente. Acreditamos que quando pedimos para nos ensinar e demonstrarmos que não sabemos estamos nos expondo e mostrando fragilidade. Para mim, estamos no fundo é quebrando uma barreira, uma oportunidade de interagir com o outro. Percebo que sempre tem algo que sabemos e tantas coisas para aprender.

Vamos aprender a ser feliz;
Aprender a se relacionar com o outro;
Aprender a ser justo;
Aprender a ter paciência;
Aprender a contemplar o belo;
Enfim, aprender tudo, para assim,
a vida se tornar mais fácil!" (Jocilene Dórea)

Para finalizar escolhemos o poema de Fernando Pessoa como reflexão sobre o que podemos fazer para o ano de 2012.

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

A todos os colaboradores, amigos, convidados, seguidores e visitantes do Blog, nosso muito obrigado por nos permitir compartilharmos essa ideia.

domingo, 8 de janeiro de 2012

E 2012 JÁ COMEÇOU

Início de 2012 e os nossos corações se enchem de esperança de um ano melhor. É tempo de refletir o que conquistamos e o que perdemos no ano que passou. E lembrar que os erros e acertos fazem parte da luta diária da vida.
E as oportunidades? Sim, será que conseguimos “agarrar” todas elas? Ou deixamos passar sem percebê-las? É hora de olharmos para o nosso interior e perguntar: o que eu preciso mudar para conquistar aquilo que desejo?

Lamentações, pessimismos, nos fazermos de vítimas, angústias e desânimo são caminhos fáceis para não atingir nossos objetivos. Estes sentimentos sempre colocam a culpa nos outros, e, na verdade, os verdadeiros culpados somos nós.

Obstáculos? Sempre vão existir. Mas, se ele for pequeno, pule, se for espaçoso tipo uma barreira, passe de lado e se for grande passe por baixo. Agora se ele é imenso, aí, não tem jeito. Peça ajuda! Grite, bata, dê murro, pontapé, persista. Quem sabe ele não olha para você e diz: puxa, que pessoa mais chata, fui! O caminho está livre para a sua felicidade! E se algum sonho, por algum “descuido” não se realizar, ah! Tente mais uma vez, agora com mais experiência, aprendizado e amadurecimento.

Desejo a todos vocês um ano cheio de realizações, prosperidade, muito, mais muito, AMOR! Porque é através dele que se chega a FELICIDADE!



Um abraço,

Josemar Dórea.