domingo, 31 de julho de 2011

INFORME-SE: BEM ESTAR

Segue abaixo reportagem sugerida por Josiany Dórea que apresenta de forma resumida, um tema muito em evidência na sociedade contemporânea: a ansiedade.

ANSIEDADE

Fatos novos em nossa vida, assim como trabalho, relacionamentos e início ou término de ano, reservam grandes expectativas, sejam elas boas ou más. O estresse decorrente de preocupações e acúmulo de tarefas e responsabilidade pode causar “ansiedade excessiva”.

O que é ansiedade?

É uma reação normal do organismo, responsável pela sua adaptação e alguma situação nova e atual. Se exagerada, em alguns casos, passa a prejudicar o organismo. Que pode até chegar ao esgotamento. O resultado é quase sempre catastrófico: doenças respiratórias, de pele, circulatórias e gastrointestinais (azia, por exemplo) causadas ou agravadas pela tensão nervosa.

Quando ocorre a ansiedade?

A ansiedade é comum em situações importantes em nossa vida, porém, ela também pode se manifestar devido a algum problema de saúde, tais como, hipoglicemia (baixa taxa de açúcar no sangue), hipertireoidismo (Conjunto de sinais e sintomas decorrentes do excesso de hormônios da tireóide), efeito colateral de alguns medicamentos e outros.

Ansiedade excessiva pode dificultar as atividades do dia-dia, principalmente, no trabalho?

O ambiente de trabalho exige muita energia, responsável pelo bom rendimento das atividades e, consequentemente, do progresso. Isso também produz novos desafios em busca de qualidade. Muita ansiedade pode comprometer a produtividade devido à falta de concentração e tensão no clima organizacional.

Recomendações...

1-Procure tirar férias anualmente. Se isso não for possível, reserve algumas horas do dia para diversão, longe de preocupações.

2- Mantenha um programa regular de alimentação saudável, com bons hábitos de vida e sono adequado.

3- Aprenda a organizar seu tempo, dividindo atividades a serem feitas pela manhã e á tarde.

4-Exercite-se regularmente. Esse hábito promove bom condicionamento físico e bem-estar emocional.

5-Evite acumular tarefas se sabe que não poderá cumprir.


Fonte: Dr. Lincoln L. Ferreira (médico Psiquiatra - SP)

Reportagem extraída da Revista Viva Bem

www.revistavivabem.com.br

domingo, 17 de julho de 2011

ENTREVISTA - BERNADETE YOSHIE

Por Josemar Dórea

Nunca se almejou tanto uma carreira pública como nos últimos cinco anos. É o “boom” do momento. Mas o que fazer para ingressar nesta área tão concorrida? Por onde começar?

Tive o prazer de bater um papo rápido com a minha amiga Bernadete ou, simplesmente, Berna que nos presenteou com algumas dicas importantes para obter um final feliz nos concursos públicos.

Berna foi aprovada em um dos concursos mais concorrido do país: o do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Abaixo a entrevista concedida por e-mail.

»» (Josemar) Por que ser funcionária pública e desde quando você vem estudando para concursos?

(Berna) Por duas principais vantagens: 1ª) a estabilidade, pois você tem condições de se programar, pelo menos financeiramente. Você tem a segurança de que pode fazer um financiamento, por exemplo, sem se preocupar se daqui a alguns meses não poderá ficar desempregado. 2ª) a responsabilidade como funcionário público é maior, pois seus atos refletem diretamente o elo que há entre o Estado e a população, então quando se faz um trabalho bem feito, você tem a sensação gratificante de estar contribuindo para o crescimento de seu país.

(Josemar) Você focou apenas em um concurso ou fazia outros em paralelo? Foi assim desde o início dos seus estudos?

(Berna) Eu desde que me entendo como pessoa faço concurso público. O primeiro de que tenho lembrança foi o do TTN em 97 e, claro, como eu não havia estudado nada, não passei. A questão é que fui tomando gosto e passei a fazer todos os que eu achava que teria condições, pelo menos de estudar. Fiz TJBA, AGERBA, INSS, CEF e os diversos Tribunais Federais que se pode imaginar.

Naquela época não havia muita informação a respeito de concurso público. Só para você ter ideia, quando a notícia de algum concurso chegava, já havia ocorrido a prova. Não havia livros especializados para concursos e a internet era incipiente. Foi então que eu descobri que tinha uma banca de revistas no centro da cidade (Salvador) vendendo a Folha Dirigida.

(Josemar) Quais técnicas de estudos você utilizou?

(Berna) Eu fui aprimorando aos poucos, no início eu tinha uma mania horrível que era a de querer me tornar “expert” em cada disciplina. A questão é que eu acabava por dedicar horas em uma matéria e não sobrava tempo para as demais, ou quando eu finalmente passava para outra, eu já havia esquecido o que havia estudado na anterior. Com o tempo fui aprendendo a me planejar, começando primeiramente a compreender bem o Edital, a verificar quais as disciplinas e seus pesos e a programar o tempo que deveria dispender para cada uma delas, sem contar que comigo não funciona ficar muito tempo sem ter contato com elas, preciso revisar sempre, foi então que no concurso do MTE optei por também fazer resumos, o que me ajudou bastante – você pensa que está perdendo tempo, mas ganha no final, que é quando você precisa rever os pontos-chaves das matérias.

Um site que me ajudou muito foi o forumconcurseiros, posso dizer que é de alto-nível, dá para praticar bastante, fazer e responder questões e ainda conta a participação de muitos professores e concurseiros dedicados. Também indico o site euvoupassar e o ponto dos concursos e, claro, fazer muitas provas, que podem baixadas no pciconcursos.

(Josemar) Você foi aprovada em um dos mais concorridos concurso do Brasil. Quanto tempo você estudou para o concurso do MTE?

(Berna) Para o MTE eu comecei em setembro de 2009, logo que surgiram os rumores de que iria sair o Edital que, por sinal, saiu três meses depois. Eu já havia prestado muitos concursos para tribunais, conseguia boa pontuação, mas não o suficiente para ser nomeada, pois por ser um concurso com menos disciplinas, era também mais difícil, dada a vultosa concorrência, tinha-se que literalmente “fechar a prova”. Eu então havia decidido encarar concursos como o do CGU, TCU e por fim o do MTE – concursos estes que por envolverem uma gama muito maior de disciplinas, exigiam mais de minha preparação do que de minha sorte.

(Josemar) Como foi o seu processo preparatório para o MTE?

(Berna) Eu lia o assunto e fazia o resumo. Fiz resumo também das NR (Normas Regulamentadoras) o que me ajudou bastante a fixá-las. Também fazia muitas provas e no site forumconcurseiros respondia os questionários formulados pelos colegas. Uma tática também era a de não ficar muito tempo sem ter contato com uma dada matéria, o que exige um bom planejamento, visto que como são muitas matérias, sempre ocorre de algumas ficarem de escanteio – e aí é que mora o perigo, pois não se pode subjugar nenhuma delas.

(Josemar) E qual foi a sua carga horária de estudo? Que material e ferramenta você utilizou?

(Berna) Maior número de HBC (horas-bunda-cadeira) possível. Tem gente que é mais disciplinado e consegue cronometrar; no meu caso, eu me dedicava 80% antes do Edital e 99% depois do Edital. Digo 99% porque eu dedicava aqueles minutos essenciais para o banho e alimentação. Até na hora de dormir eu estudava: ouvia os áudios do professor Renato Braga (Administrativo e Civil) e do Amauri Teixeira (Constitucional) – e não é que funciona?!

(Josemar) Quais foram as principais dificuldades que você encontrou ao longo do caminho?

(Berna) A maior foi à falta de planejamento. Não adianta ter força de vontade se você não souber direcionar essa energia; e eu gastava dias e dias para esgotar uma matéria e quando conseguia passar para outra, já havia esquecido a anterior. Não adianta, tem que dar tempo para o cérebro ir entendendo que aquilo tem que ser fixado e nada melhor que fazer exercícios. Mas, cuidado, não adianta fazer exercícios logo depois de estudar aquele assunto, porque é claro que estará fresquinho na memória. Também tem que fazer muitas provas, e buscar conhecer o estilo cobrado pela banca examinadora. É aquela questão, primeiro tem-se que aprender a aprender.

(Josemar) Quais dicas você daria para quem está começando agora do “zero”? É válido fazer um curso preparatório?

(Berna) Com certeza o curso preparatório, seja ele presencial ou não, ajuda a nortear o concurseiro, sobretudo o iniciante, pois é muito comum que este fique perdido, frente a tantas matérias que terá de estudar. Mas apenas assistir às aulas não é o suficiente, tem que se dedicar mesmo, encarar como objetivo de vida, pois certamente surgirão muitas situações e pessoas (que mesmo com boas intenções) tentarão fazê-lo desistir.

(Josemar) O que fazer para conciliar matérias tão diferentes como, por exemplo, Direito Penal, Contabilidade e Gestão de Pessoas?

(Berna) Encarar sempre pelo lado positivo. Matérias tão diferentes favorece o cérebro, pois não o cansa tanto e, além disso, dá para alternar os estudos, por exemplo: durante amanhã se estuda uma matéria de humanas e à tarde se estuda uma de exatas. Também fazer amizade com matérias, digamos antipáticas, é fundamental, pois a mente humana tende a se tornar mais receptiva com aquilo que lhe é mais agradável.

(Josemar) O que um iniciante jamais deve fazer?

(Berna) Desistir. Conheço casos de pessoas que tentaram uma, duas, três vezes sem sucesso e na quarta ao bater na trave (ficar a poucos pontos da classificação) desistiu. Pois é, só que a derrota faz parte da jogada, e quando se bate na trave já é sinal de que se está muito mais próximo da vitória do que se pensa. Tem uma frase que gosto muito que diz: Não existe concurseiro que passa, existe aquele que desiste. Então, todo concurseiro um dia vai passar – basta que ele não desista.

(Josemar) Em resumo, cite três palavras fundamentais para alcançar sucesso em um concurso público.

(Berna) Planejamento, Perseverança e Fé. ««



Bernadete Yoshie é Auditora-fiscal do Trabalho

Está lotada em Rio Branco/AC

É graduada em Administração.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

ABRE ASPAS...

Achei interessante a reflexão de Aninha Franco. Por isso resolvi compartilhar com vocês. Segue abaixo o texto na íntegra.

ENTRE O QUADRIL E O NEURÔNIO

Por Aninha Franco

A Bahia continua usando mais o quadril, região lateral do corpo humano, que vai da cintura até a parte superior da coxa, do que neurônio, célula essencial ao tecido nervoso. Na verdade, todo o Brasil. É que na Bahia, o quadril parece ter vida própria e de intensidade tão extrema que as duas atividades culturais mais espetaculares do Estado são o Carnaval e o São João, que, de diferentes, têm entre si, quadril com Banda ou quadril com bomba.

Em dia de versejo, Nizan Guanaes escreveu que baiano é povo a mais de mil, que tem Deus no coração, e o Diabo no quadril, o que poderia explicar o frenesi que acomete o Estado em fevereiro – às vezes março – e junho, a cada ano com menos participação autóctone. E se os baianos fogem e festa continua, é porque o quadril e seu diabo não são especialidade local.

O quadril carioca, por exemplo, responsável pelo Funk das Popozudas, sugeriu ao ex-presidente Lula que, ao invés de eleger Dilma, levasse a Popuzuda para a Casa Civil, que ela poria o som na caixa e balançaria o quadril porque o funk não é o problema dos jovens, para alguns é solução, e por isso a Popozuda deveria ser a ministra da Educação. Talvez sim, já que os neurônios de Fernando Haddad não funcionam.

Mas o quadril brasileiro não move apenas festas baianas e bailes funks. Move o mundo das celebridades, atrizes e modelos. Luana Piovani tem 90 cm de quadril, 8 cm a menos que Martha Rocha, derrotada no concurso de Miss Universo porque, popozuda, tinha 98 cm, o que na Bahia, terra dos Quimbundos, é normal, mas não no resto do Universo.

Caetano Veloso, delicadamente, propôs, em Passistas, pousar a mão no quadril da parceira e multiplicar-lhe os pés por muitos mil, e o grupo Chevelle distingue o quadril de se cuidar do quadril de se odiar. O que eu não entendo.
Chico Buarque, o compositor que criou algumas das melhores imagens de quadril que eu conheço, a da mulher infeliz que, em Bye Bye Brasil, tinha um tufão nele, voltou com a poesia original de sempre, em meio às quadrilhas de quadril, querendo uma mulher sem orifícios, e me fez pensar na limitação do quadril da cidade na Baía, território do meu amor.

Aninha Franco é Teatróloga.

Texto extraído da Revista Muito do Jornal A Tarde. Salvador, 03 de Julho de 2011, p.41.

www.atarde.com.br/revistamuito

PRIMEIRA CONVERSA AFINADA. SALVADOR, 02/07/2011




Explanação sobre o nosso primeiro tema do Insight Filosófico:

“O conhecimento traz luz”.

Por Josiany Dórea

Escolhi esse tema com o objetivo de fazermos uma reflexão sobre o despertar para o conhecimento, o sair da caverna. Inspirei-me na maiêutica Socrática, que é um termo grego que significa “arte de trazer á luz”. O filósofo Sócrates nos seus diálogos em praça pública, concebia aos seus discípulos a construírem suas próprias opiniões, ou seja, pari o seu próprio conhecimento. Considerando que Sócrates comparava o conhecimento à profissão de sua mãe que era parteira.

Inicialmente, faremos uma viagem rápida (como um cometa) sobre a trajetória da Filosofia: a etimologia da palavra, os quatro grandes períodos da filosofia grega e depois retomaremos para nosso tema propriamente dito.

Etimologicamente, a palavra Filosofia deriva-se da Grécia. É composta por Philo (philia) que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais, e a palavra Sophia quer dizer sabedoria (vem da palavra sophos, sábio). Sendo assim, a Filosofia é a amante da sabedoria.

O primeiro filósofo considerado pela tradição clássica foi Tales, nascido em Mileto, por isso ficou conhecido como Tales de Mileto. Viveu provavelmente entre o final do século VII e meados do século VI a.C. Seu pensamento básico era “tudo se origina da água”.

De acordo com a tradição histórica, os períodos que compõe a Filosofia Grega são:

1- Período pré-socrático, anterior ao filósofo Sócrates, quando a filosofia se preocupa com os fenômenos da natureza. Os primeiros filósofos estavam preocupados em descobrir a origem das coisas, criando uma ruptura entre a visão mítica e religiosa para o mundo racional.

2- Período Socrático ou Antropológico é quando a filosofia aborda as questões humanas, o que é o bem, a justiça, o amor... Sócrates (469-399 a.C.) se concentrou na problemática do homem, por isso, o autoconhecimento era um ponto básico a Filosofia Socrática.

3- Período Sistemático é quando a Filosofia busca reunir e sistematizar o pensamento sobre cosmologia e a Antropologia.

4- Período helenístico ou Greco-romano, a Filosofia se ocupa com a s questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre o homem e a Natureza e de ambos com Deus.

Na Filosofia antiga, os pré-socráticos, deram grandes contribuições para o desenvolvimento da Filosofia. Eles desenvolveram o pensamento em busca da definição do homem e suas relações com o universo.

Ressaltamos que Sócrates foi o filósofo que nos presenteou com a célebre frase: “Sei que nada sei”, nos mostrando que a sabedoria consiste em estarmos sempre aprendendo e que não esgotaremos os limites do saber. O nosso encontro retrata isso, a humildade para sabermos que um não sabe mais que o outro. Estamos todos na corrente do conhecimento e trocando ideias, conceitos, informações com o único objetivo: desfrutar dessa fonte inesgotável que é o prazer de conhecer, pensar e refletir.

Para abordamos o tema “O conhecimento traz luz”, buscamos como instrumento principal para as nossas reflexões e para homenagear os nossos possíveis encontros, “Alegoria da Caverna”, escrito pelo filósofo Platão (427-347 a.C.), no livro VII – A República. Segue uma adaptação resumida da Alegoria, conhecida como Mito da Caverna.


Vamos imaginar um grupo de pessoas morando numa caverna. Os moradores estão desde sua infância, presos por correntes nas pernas e no pescoço. Assim, eles não conseguem mover-se nem virar a cabeça para trás: só podem ver o que se passa a sua frente. Á luz que chega ao fundo da caverna projeta sombras das pessoas ou objetos que passam ao seu redor. Os prisioneiros acreditariam que os sons são emitidos pelas sombras e que tudo ali projetado é real.

Agora pensem que um dos prisioneiros conseguiria se libertar e saísse da caverna. No primeiro momento, ele sofre com a luz do sol, a claridade vai incomodá-lo e ele teria dificuldade de abrir os olhos. Aos poucos iria se acostumar com a luz e conseguiria enxergar as pessoas. Ficaria vislumbrado ao perceber que tem vida fora da caverna e que a noite poderia admirar o céu, as estrelas e a lua. Enfim, existem coisas maravilhosas a serem contempladas na Terra.

Imagine então, que o prisioneiro quisesse voltar para a caverna para compartilhar com os outros companheiros a sua alegria de ter descoberto um mundo lá fora. Ao retornar ficaria por um tempo cego em meio à escuridão, pois, já se acostumara com a luz do sol. Enquanto estivesse confuso seus companheiros ririam dele caso tentasse explicar a realidade das coisas que ali são vistas como sombras. Os prisioneiros não acreditariam nele e diriam que a subida para o mundo lá fora lhe prejudicou, pois, estaria fantasiando e que não valia à pena acreditar nele.

Analisando o Mito da Caverna de Platão percebemos o quanto é atual sua alegoria, pois, vivemos em nossas cavernas, prisioneiros de nossos preconceitos, muitas vezes manipulados pela mídia e pelo consumismo.

O conhecimento traz luz é um tema bastante amplo porque nos leva ao insight de conhecimento. Há uma consciência coletiva sobre a importância de refletirmos e explanarmos temas atuais que nos leve a sair da caverna contemplando as possibilidades de quebrar os tabus, de sermos mais tolerantes. Buscando e questionando sempre a nossa razão de ser e do que é desconhecido por nós, para que sejamos aprendizes conscientes a pensarmos e refletirmos o mundo em sua totalidade.

Merece também nossa atenção a versão humorada escrita por Mauricio de Sousa em forma de quadrinhos titulada como: “As sombras da Vida” com a personagem Piteco. Nela, verificamos a mensagem de conscientização que o autor nos quer emitir sobre as cavernas contemporâneas que vivemos. Isso me fez lembrar o comentário que o filósofo e educador Mario Sérgio Cortella fez em uma palestra sobre “Não nascemos pronto”: O controle remoto alterou nossa percepção... A TV é uma coisa maravilhosa, só que ela não pode me dominar (...). Busquemos então, ter uma visão mais crítica-reflexiva sobre diversidades culturais e sociais que nos acompanham em nosso cotidiano.

Para complementar o nosso momento reflexivo, analisamos o poema de José Paulo Paes, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta brasileiro:

FALAM OS POETAS:

A TORNEIRA SECA (mas pior: a falta de sede);

A LUZ APAGADA (mas pior: o gosto do escuro);

A PORTA FECHADA (mas pior: a chave dentro);

Diante da falta de água, a falta de luz, a porta fechada, o pior é:

- Não agir, para que a água possa correr pela torneira, não agir para que a luz possa ser acessa e também saber que a chave está por dentro e não fazer nada para girá-la.

Em nossa vida precisamos ter atitude para fazermos nossas escolhas ou modificar algo que já escolhemos. Assim também ocorre com a construção do conhecimento temos que agir e também saber que “podemos girar a chave” que está em nosso interior para sairmos da caverna e nada melhor que realizarmos isso, com um grupo de amigos.

Para finalizarmos o nosso encontro e abertura do insight filosófico apresento a música clássica que nos permite a conviver melhor com as nossas diferenças.

Metamorfose Ambulante (reduzida)

(composição: Raul Seixas)

(...) Eu quero dizer agora o oposto do que disse antes

Prefiro ser

Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião

Formada sobre tudo (...)

Eu quero dizer

Agora, o oposto do que eu disse antes

Eu prefiro ser

Essa metamorfose ambulante

Do que ter aquela velha opinião

Formada sobre tudo (...)

(...) É chato chegar

A um objetivo num instante

Eu quero viver

Nessa metamorfose ambulante (...)


E mais uma grande reflexão...

“O grande desafio humano é resistir à sedução do repouso, pois nascemos para caminhar e nunca para nos satisfazer com as coisas como estão. A insatisfação é um elemento indispensável para quem, mais do que repetir, desejar criar, inovar, refazer, modificar, aperfeiçoar. Assumir esse compromisso é aceitar o desafio de construir uma existência menos confortável, porém ilimitada e infinitamente, mais significativa e gratificante”. (Mário Sérgio Cortella).

Agradeço a todos pela participação do nosso insight filosófico: a leitura teatral de Viviane, os olhares atentos, os gestos carinhosos, os comentários e atenção dispensada por todos.

Um forte abraço,

Any








Josiany Dórea é Graduada (bacharelado e Licenciatura) em Filosofia

e Pós-Graduada em História Social e Econômica do Brasil.