sábado, 18 de agosto de 2012

TERCEIRA IDADE: QUE GERAÇÃO É ESSA?


Por Josiany Dórea

A nossa Décima Terceira Conversa Afinada que ocorreu no dia dezessete de junho discorreu sobre a Terceira Idade. Analisamos qual o perfil da chamada Terceira Idade. Qual a sua história? O que pensavam? E como essa geração, que atualmente vem se destacando, ocupa seu espaço de direito? Será que para ser feliz não tem idade?

Mariana Pimentel e Luzia Cordeiro apresentaram o nosso tema. E a conversa rendeu muito, trazendo várias surpresas e descontração para quem viveu ativamente os momentos históricos e culturas da época e também para aqueles que acompanharam ouvindo as suas histórias... Enfim, uma conversa de muitas lembranças, emoções e aprendizagem.  

Luzia Cordeiro explicou que o termo Terceira Idade surgiu primeiro na França, na década de 50 e logo depois nasce o dia Internacional do Idoso comemorado em primeiro de outubro.

No Brasil o termo foi utilizado a partir da década de 60 e o dia Nacional do Idoso é comemorado em vinte e sete de setembro, em homenagem ao dia de São Vicente D´Paula, “Pai da Caridade”. A partir do ano de 2003, é criado o Estatuto do Idoso que promove leis em favor dos idosos, como por exemplo, a passagem gratuita nos coletivos, os lugares reservados, o direito de não pegar filas nos bancos e em repartições públicas ou privadas, cinemas, teatros e outros. Assim, os direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos, são preservados através de leis com punições para pessoas que desrespeitam ou abandonam algum idoso.

 A nossa conversa viaja no chamado “Túnel do tempo” e concluiu que essa geração da Terceira Idade conviveu com as transformações tecnológicas que evoluíram muito rápido, proporcionando um choque de informações e mudanças de hábitos que demorou um pouco para ser adaptada. Contudo, a melhor idade prova que pode fazer a diferença e se adequar com os novos estilos de vida. 

As imagens apresentadas por Luzia Cordeiro nos remeteu aos grandes avanços da tecnologia. Foram várias transformações ao longo dos anos. Ela disse que no inicio teve muita dificuldade em lidar com o novo, por exemplo, o celular, DVD, o computador e outros aparelhos eletrônicos. E quando começou até familiaridade com os aparelhos surgiam outros e começava um novo desafio. 
Máquina de Escrever
Mariana Pimentel relembrou a moda, principalmente, as minissaias, meais coloridas, penteados presos com fitas, coques e tiras coloridas. As fotonovelas, as novelas, os romances: Julia, Bianca e Sabrina, tão lidos pelas adolescentes que sonhavam com o primeiro amor. Lembrou também da sua primeira cartilha de aprendizagem. A nossa convidada, Marina Oliveira, recordou de um dos versos declamados na Escola. O que só veio fortalecer as lembranças e animar o grupo.

Na música, lembramo-nos da “Jovem Guarda, grupo musical da década de sessenta, que até hoje são inesquecíveis.  Com sua melodia romântica, revelou vários cantores, entre eles, Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Mariana Pimentel recordou também das dificuldades que existiam para estudar - a condução era difícil - a vontade de passear no bondinho que mais tarde ficou conhecido como ônibus elétrico, o respeito aos mais velhos e a alegria das brincadeiras infantis.

Todas essas lembranças nos ajudaram a entender o comportamento da Terceira Idade hoje. Para eles, que não nasceram na era digital, há muitas dificuldades em lidar com a prática tecnológica. Contudo, eles superam as barreiras com muito humor e determinação. E enfrentam os obstáculos com sabedoria e persistência, desafiando as diversidades contemporâneas.

Assim, a Terceira Idade, revive o passado, porém, participa ativamente do presente e projeta-se para o futuro. Atualmente, a Terceira Idade namora, participa das redes sociais, de vários programas sociais, faz faculdades, faz exercícios físicos, participa de campeonatos esportivos e curte a vida.

Dança de Salão
Luzia Cordeiro reafirmou exibindo o quanto a dança é importante para a Terceira Idade. A dança é a arte de mexer o corpo através de movimentos e ritmos criando uma harmonia própria. Os primeiros registros de danças em grupo aconteceram no Egito antigo com o objetivo de agradecer aos deuses.  E o dia Internacional da Dança foi proclamado pela UNESCO em 29 de abril.

Há várias modalidades de Dança, entre elas, a Dança de Salão, uma das mais procuradas pela Terceira Idade. Luzia Cordeiro teve oportunidade de usufruir da dança de salão, e disse que a dança é importante para exercitar o corpo e a mente. Reforçou que participando de grupos de dança, surgem oportunidades de frequentar festas e muitos eventos.

Mariana Pimentel também destacou a importância do Teatro na Melhor Idade.
Montagem Lixo Extraordinário
UATI/UNEB - 2011
Explanou que a palavra Teatro deriva do grego e quer dizer olhar com atenção, perceber, contemplar. Logo, fica explicito porque o teatro beneficia todas as idades e contribui muito para as pessoas especiais. Reafirmou que no dia 27 de março é comemorado o Dia Mundial do Teatro, a partir do ano de 1961, em Viena Áustria, durante o 9º Congresso do Instituto Internacional de Teatro.

Montagem Lixo Extraordinário
UATI/UNEB - 2011
No Brasil, surgiu no século XVI tendo como motivo a propagação da fé religiosa, através dos Jesuítas. Na sua concepção e experiência prática, afirma que o teatro é uma aprendizagem que deixa a pessoa desinibida. Portanto, desenvolve a prática social dos idosos.

Ao final as duas irmãs Luzia Cordeiro e Mariana Pimentel leram uma mensagem abordando as diferenças entre ser Idoso e Velho.

                         Diferença entre Idoso e Velho

Você é Idoso quando sonha... Você é Velho quando apenas dorme.
Você é Idoso quando ainda aprende... Você é Velho quando já nem ensina.
Você é Idoso quando tem planos... Você é Velho quando só tem saudades.
Enquanto o Idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e preenche esperanças, 
O Velho vive horas que se arrastam...
Enquanto as rugas do Idoso são bonitas porque foram sulcadas pelo sorriso,
As rugas do Velho são feias porque foram vinculadas pela amargura.
Idoso ou Velho podem ter a mesma Idade cronológica, mas têm idades diferentes no coração!
(Extraído do livro “Aprenda a Curtir seus Anos Dourados”, Jorge Nascimento

Encerramos nosso encontro com o vídeo da música interpretada por Maria Gadú: Oração do Tempo (abertura da novela A vida da Gente). Música que nos retrata bem o tempo e seu mistério.

Agradecemos a todos que nos proporcionam um encontro de alegria e muito amor, em especial as convidadas: Marina Oliveira e Maria Luiza, Ivana Souza e sua pequena Nicolle, que contribuíram para a nossa conversa com muita conscientização e a certeza que não tem idade para ser feliz basta simplesmente, desejar e viver intensamente cada etapa da sua vida.


Luzia Cordeiro




 “Dançar traz a alegria de viver, interagir e se comunicar, além de nos divertir muito, dando-nos um enorme prazer”. Luzia Cordeiro.    


Mariana Pimentel



  

“O teatro mudou minha vida: fiz novas amizades, sou mais otimista, faço mais leituras, sou mais comunicativa e fiquei mais alegre”.Mariana Pimentel.



                                                                                                                                   

Mariana Pimentel, Luzia Cordeiro,
Marina Pimentel e Luiza Portela












                               











ENTREVISTAS


Por Josiany Dórea
Colaboração: Mariana Pimentel e Luzia Cordeiro


 Dando continuidade ao Tema, tive o prazer de fazer uma breve entrevista com Maria Lúcia, 68 anos, Maria Duarte, 67 anos, e Bela Valverde de 60 anos. Todas são participantes do Curso de Teatro realizado pela UATI – Universidade Aberta da Terceira Idade, promovida pela UNEB – Universidade Estadual da Bahia.


1-[Josiany] Quais são suas atividades preferidas?


[Maria Lucia] Leitura, música, dança teatro e amigos.


[Maria Duarte] Teatro, cinema, praia e viagens.


[Bela Valverde] Trabalhos artesanais, aulas de teatro.


2- [Josiany] Qual a importância e vantagem do teatro na sua vida?


[Maria Lucia] O teatro me dá uma visão mais ampla da vida e ainda me proporciona leveza e bem estar.


[Maria Duarte] Eu era muito tímida, fiquei mais desinibida.


[Bela Valverde] O teatro tem grande importância na vida. As vantagens são inúmeras: desinibe, alegra, torna a vida mais leve.


 
3-[Josiany] Você sente-se realizada nessa sua nova etapa de vida?


[Maria Lucia] Muito, aliás, todas as etapas da minha vida foram vividas intensamente e esta não seria diferente.

[Maria Duarte] Com certeza, pois, posso fazer as coisas que gosto.


[Bela Valverde] Sim, sim, sim.


4-[Josiany] Qual a dica que você daria para uma pessoa se cuidar, pra aceitar as mudanças do tempo?


 [Maria Lucia] Brindar a vida todos os dias! E as mudanças fazem parte das nossas  histórias, portanto, não seria aceitar o termo que usaria e sim, apreciar, saborear e respeitar as mudanças do tempo. 


[Maria Duarte] Fazer o que gosta sem temer as críticas alheias.


[Bela Valverde] Faça atividades físicas, intelectuais, se ame e goste da vida.


5
-[Josiany] Em sua opinião, qual é o principal problema dos idosos?


[Maria Lucia] Falta de políticas públicas, para que todos se conscientizem dos seus deveres e direitos. A sociedade precisa estar alerta para respeitar todas as idades, pois, a criança, hoje bem assistida será amanhã um idoso saudável. 


[Maria Duarte] As doenças com o passar dos anos e a discriminação por parte de alguns.

[Bela Valverde] Abandono.



 Esta outra entrevista teve as participações de Regina Celi Sant' Anna Almeida, Maly Teixeira e Luzia Cal, participantes do Curso de Dança promovido pela Associação dos Aposentados do INSS (ASAP/CAP). É uma instituição que presta serviços de assistência social em todo o estado da Bahia, com representatividade junto ao INSS e Ministério da Saúde.


1. [Josiany] Quais são suas atividades preferidas?


[Regina Almeida] Dança de Salão, Dança do Ventre, Dança Cigana, viagens, teatro, cinema, Grupos de Amigas, Grupo Solidário etc.


[Maly Teixeira] Dança, teatro, praia e internet.


[Luzia Cal] Dança.


2. [Josiany] Qual a importância e vantagem da dança na sua vida?


[Regina Almeida] A dança representa muito em minha vida, além dos benefícios físicos, melhorando a postura, coordenação motora, estimula os neurônios e psicológicos aumentando autoestima, sensibilidade e o amor à música e a alma deixando você mais sensível e tolerante com o próximo.


[Maly Teixeira] - A dança foi tudo; desenvolvimento da parte física e intelectual.


[Luzia Cal] Movimento; ajuda na memória e as articulações.

3. [Josiany] Você sente-se realizada nessa sua nova etapa de vida?


 [Regina Almeida] Com certeza, a Dança para mim é uma terapia para uma vida mais saudável e feliz.


[Maly Teixeira] – Perfeitamente.


[Luzia Cal] Sim.


4. [Josiany] Qual a dica que você daria para uma pessoa se cuidar, pra aceitar as mudanças do tempo?


[Regina Almeida] Não fique em casa vivendo do passado. Procure realizar atividades que goste e lhe faça feliz. Cultive amigos antigos ou novos. Procure um Grupo da Terceira Idade e sua vida irá se transformar.


[Maly Teixeira] - Corpo físico muda, mas se a mente está sã fica tudo perfeito.


[Luzia Cal] Fazer o que gosta, praticando atividades físicas.


5. [Josiany] Em sua opinião, qual é o principal problema dos idosos?


Regina Almeida

 [Regina Almeida] O idoso está mais participativo atualmente. Temos tido XIII Encontros Culturais e Arte promovidos pela NIAPI/ASAP-CAP, SESI, Concursos de Miss Bahia da 3ª Idade, Pacotes de Viagens, Grupos nas Comunidades da Periferia, Isenção de tarifas de transporte e vários benefícios.   Falta mais conscientização na prevenção de doenças, estímulo pelos familiares para que o idoso participe mais de atividades de sua comunidade para que tenha uma vida plena.



[Maly Teixeira] - Carência afetiva, sedentarismo e aceitar a idade.

[Luzia Cal] Saúde e preço dos medicamentos.


sábado, 7 de julho de 2012

O AMOR: A TRAJETÓRIA DE UM SENTIMENTO INCONDICIONAL E INEXPLICÁVEL


                                                
                                                       Por Josiany Dórea 

A nossa Décima Segunda Conversa Afinada nos presenteou com o tema central: o Amor. Viviane Oliveira inspirou-se na música de Renato Russo e apresentou o tema com o título: “Quem inventou amor, me explica, por favor!”.  A partir daí, participamos de uma conversa que envolve muitas reflexões e situações, que inicia através da trajetória do amor filosófico, apresentado por Josiany Dórea.   

Partindo do pressuposto que a nossa base ocidental inicia-se na Grécia Antiga, começamos o tema entendendo um pouco sobre a Mitologia Grega. Os mitos relacionados ao Amor, como por exemplo, o mito de Narciso, que fala da incapacidade de amar. Retrata também o individualismo diante da valorização exacerbada de Narciso por si mesmo, sua fixação a sua própria imagem. Associando para a nossa realidade podemos nos vê diante do espelho de Narciso e despertar para uma reflexão dos nossos comportamentos narcisistas contemporâneos. 

  Em destaque também o Mito de Eros e Psique que nos faz refletir sobre as formas de amar do ser humano e também a falta de amor, os defeitos de caráter ocasionado pela inveja, ambição e possessividade. 

Os Mitos apresentam no primeiro momento, uma impressão que apenas trata-se de “contos da carochinha”, contudo, nos proporcionam um grande aprendizado, se soubermos interpretá-los com mais rigor, e com um olhar direcionado para o comportamento do ser humano em várias situações do nosso cotidiano.   

Aprofundando mais com o olhar filosófico, vimos, o amor definido pelo Filósofo Platão. No seu livro “o Banquete”, Platão ressalta a natureza e o sentido do amor como o mais elevado sentimento, que sobressai do corpo e da matéria, é o absoluto. 

       “O amor platônico é aquele que não se fixa no transitório, no corpo, na matéria. Mas sim, o que supera tudo. O verdadeiro amor é um impulso de vida para a sabedoria e não necessariamente para uma pessoa. Somente indivíduos com caráter formados, equilibrados são os que realmente amam no sentido filosófico.”

 Lembrando que a etimologia da palavra Filosofia- PHILO, quer dizer Amor, amizade e Sophia, significa Sabedoria. Temos então, Filosofia é igual a amor ao saber. Vale ressaltar que os primeiros filósofos já retratavam o amor como patos, palavra grega que significa admiração e espanto. 

Avançando mais na trajetória do amor filosófico, vimos que o filósofo Santo Agostinho que viveu no período Medieval, afirma que todas as maneiras de amar são válidas, o erro está em inverter a intensidade do amor. Então o ideal do amor é alcançar o equilíbrio, a justa medida.  
   
Para o filósofo existencialista Jean Sartre, que viveu no século XIX, o amor é o impulso que leva a agir, mas nunca desculpa para uma ação (acreditava que qualquer compromisso não estava em determinada religião, mas sim entre as pessoas).   
   
Assim, o amor no contexto filosófico esteve sempre presente nos diálogos, sejam eles, no período da antiguidade ou contemporâneos. 

Atualmente, de forma geral, emocionalmente amar é buscar no outro um alguém que supra nossas carências afetivas e espirituais. Essa forma de amar possibilita muitos equívocos nos relacionamentos amorosos porque terminam promovendo a busca da felicidade no outro. Para eu ser feliz é preciso que o outro seja o protagonista da minha felicidade. Essa realidade provoca conflitos internos e muita dependência. Acabamos transferindo todas as nossas perspectivas de uma vida melhor para outro. O equilíbrio entre amar e ser amado é o grande desafio da humanidade. Entre esse equilíbrio está a justa medida. Amar sem dependência, mas cultivando uma harmonia em estar com o outro e consigo mesmo.

Viviane Oliveira destacou os vários tipos de Amor. O tipo de amor fraternal e espiritual: Ágape, palavra grega que quer dizer Amor.  A palavra Ágape foi mais utilizada pelos Católicos, na antiguidade, que significa Amor Cristão ou Caridade. O amor que vê no outro como seu semelhante e busca entender as alegrias e dores do outro como um ser humano. Estando ao seu alcance, procura ajudar, sem cobranças, apenas com o prazer de saber que o outro é um ser humano que possui suas fraquezas, seus conflitos e que precisa de outro ser humano para ser fortalecido pelo amor puro, desinteressado.  

Viviane Oliveira apresentou um vídeo titulado como “Amor Verdadeiro”, que aborda o amor que tudo sofre tudo crê e tudo suporta (ver abaixo, no final do texto). Esse amor que supera a si mesmo. 
  
   O estilo literário que destaca o amor é o Romantismo. Estilo literário que se transforma em uma visão de mundo centrada no indivíduo. Os escritores românticos voltaram-se cada vez mais para si mesmos, retratando o drama humano, amores trágicos, ideais utópicos e desejos de escapismo. Se o século XVIII foi marcado pela objetividade, pelo Iluminismo e pela razão, o início do século XIX seria marcado pelo lirismo, pela subjetividade, pela emoção e pelo eu.

Um dos escritores brasileiros que teve destaque nesse período foi o cearense José de Alencar (1829-1877) por criar romances que abordam o cotidiano. Tornou-se principal romancista no Brasil dentro das quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico. 

Destacamos também Johann Wolfgang Von Goethe (1749-1832), conhecido mais como Goethe foi um importante romancista, dramaturgo e filósofo alemão. Sua grande obra foi o poema Fausto, escrito em 1806. Baseada numa lenda, esta obra relata a vida de Dr. Fausto, que vendeu a alma para o diabo em troca de prazeres terrenos, riqueza e poderes ilimitados. A frase clássica do filósofo Goethe sobre o amor é: “Mundo, quem és tu, para um coração sem amor”.  E sábia  frase: "Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a.".

A emoção, o amor e a liberdade de viver são os valores retratados no Romantismo no Brasil. A música também teve destaque nessa fase. O nacionalismo, nosso folclore e assuntos populares servem de inspiração para os músicos. O Guarani de Carlos Gomes, por exemplo, é a obra musical de maior importância desta época. Assim como na música e na literatura os temas do cotidiano, o individualismo, o nacionalismo e a religiosidade também aparecem na dramaturgia brasileira desta época.

Viviane Oliveira encerrou a nossa apresentação com um lindo poema Quando o amor acontece de sua autoria (ver abaixo). Dessa forma, evidencia a capacidade do ser humano de criar e amar no mundo contemporâneo dinâmico e cheio de incertezas e mitos. Contudo, temos também pessoas que buscam fazer desse mundo um carrossel de amor.  

Ao final acompanhamos a música do cantor e compositor (in memoriam) Renato Russo - Monte Castelo, que revela toda a complexidade do amor.

QUANDO O AMOR ACONTECE
Quando o amor acontece
Dos problemas a gente esquece
É um querer que nos enobrece
É uma emoção que nos fortalece
A vida tem outro sentido
As coisas caminham sem perigo
Felicidade torna-se abrigo
E coisas são feitas com muito instinto.
Quando o amor acontece
Nada de ruim nos aborrece
Tudo que queremos é que esse sentimento não seja breve
Pois quando o verdadeiro amor floresce, ele dura, ele aumenta,
Ele nos enriquece.
E quando percebemos de tão puro que é: ao lado ele envelhece
Mas justamente por ser puro, desse amor você nunca padece.
By Viviane Oliveira                                                                            
 
                                                                                                           
  Agradecemos a todos que participaram
 da nossa Conversa Afinada.20/05/2012.

 

 


Sugestões de Leituras e Referências:
Ciência & Vida – Filosofia, número 03- Editora Escala/ 2009.
Nicola Abbagnano, Dicionário Filosófico- Ed. São Paulo.
Coleção Os pensadores – O Banquete – Platão – Editora Nova Cultural Ltda.
Nicola, José. Literatura Brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Scipione, 2003.
Leite, Ricardo. Novas palavras: literatura, gramática, redação e leitura. São Paulo: FDT, 2009.