2ª CONVERSA AFINADA - TEMA 01: MAL DE ALZHEIMER

APRESENTAÇÃO

Por Josemar Dórea

Na Segunda Conversa Afinada realizada no dia 07 de agosto de 2011, o tema desenvolvido por Jocilene Dórea foi Mal de Alzheimer. A ênfase foi a prevenção. O Mal de Alzheimer é um a doença incurável, porém tratável, degenerativa que atinge principalmente os idosos. Foi descoberta em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer, daí o nome. Atualmente existem tratamentos que retardam a doença minimizando assim seus efeitos.

Apesar de não se ter um método 100% eficaz na prevenção da doença, é sabido que algumas medidas tomadas podem contribuir para a involução e até mesmo o não surgimento da doença. Esta foi a ideia central apresentada.

Jocilene mostrou que precisamos fazer a chamada Neuróbica cerebral, ou seja, a aeróbica dos neurônicos, exercitando-os de maneira a torná-los mais ágeis. O que mais me chamou a atenção foi o fato de que não basta fazer várias atividades ao mesmo tempo para exercitar os neurônios, e sim fazer coisas diferentes. O cérebro gosta mesmo é de desafios. Rotina nem pensar. Ela passou duas atividades para estimular os nossos neurônios: a primeira foi escrever o nosso nome completo com a mão esquerda para quem é destro e com a mão direita para quem é sestro e a segunda foi caça-palavras com os nomes dos participantes do Insight. Coisas simples que estimulam o cérebro. Entre alguns exemplos dados foi mudar a posição da cama ao dormir, viajar e trocar os objetos de lugar, enfim, se livrar de alguma forma da rotina.

Portanto, vamos deixar a preguiça de lado e “malhar” os neurônios na academia cerebral.

Abaixo a explanação de Jocilene sobre o referido tema escrita com a colaboração de Josiany Dórea

MAL DE ALZHEIMER – UMA PREVENÇÃO

Por Jocilene Dórea

Texto apresentado por Josiany Dórea

Iniciaremos nosso tema apresentando um pouco da trajetória de vida do psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer (1864-1915) que foi o primeiro autor a reconhecer com entidade patognómica distinta a doença neurodegenerativa que hoje tem o seu nome: doença de Alzheimer ou mal de Alzheimer. Alzheimer trabalhou também com Emil Kraepelin, autor da primeira classificação moderna dos vários tipos de doença psicótica.

Aloysius Alzheimer nasceu em 1864, na cidade alemã de Markbreit, Baviera. Estudou nas universidades de Tübingen e Würzburg. Era filho de Eduard Alzheimer e Theresia Alzheimer, sua segunda esposa. Casou- se em 1894, com Nathalie Geisenheimer.

Em 1901 descobriu o que era a doença e como ela agia em nosso córtex. Foi uma grande descoberta. Em 1906 apresentou, durante um congresso científico na Alemanha, a doença do córtex cerebral (mal de Alzheimer). Junto com o Dr. Emil Kraepelim, também cientista, escreveu em 1910 o livro "manual de psiquiatria". Faleceu en 1915 com uma grave infecção cardíaca.

Aloysius Alzheimer ficou conhecido como o investigador do cérebro. Ele afirmava que o mal de Alzheimer é “uma patologia neurológica de causa desconhecida que envolve déficit de memória, alterações de comportamento e incapacidade de atividades rotineiras”.

Dessa forma, Jocilene nos orientou informando que o mal de Alzheimer ocorre quando células do cérebro são destruídas gradativamente.

Segundo pesquisas recente publicadas pelo Estadão em abril desse ano, o mal de Alzheimer afeta 13% das pessoas com mais de 65 anos no mundo e até 50% dos idosos com mais de 85 anos. Especialistas estimam que, conforme as populações dos países ricos envelhecerem, o número de afetados no mundo deve dobrar para mais de 65 milhões até 2030. As informações são da Dow Jones. Contudo, nessa mesma publicação informa que um grupo internacional de cientistas anunciou a descoberta de cinco genes relacionados ao início do mal de Alzheimer, dobrando o número de variantes genéticas conhecidas que favorecem o surgimento da forma mais comum da doença. A descoberta, publicada no jornal Nature Genetics, pode fornecer pistas para as causas da complexa e incurável enfermidade, além de ajudar os médicos a prever casos de maior risco, segundo os cientistas.

Baseando-se nas informações acima fica uma esperança e uma certeza de que precisamos nos cuidar e buscar alternativas para prevenir ou retardar a doença. Eis aqui um objetivo central do tema proposto por Jocilene: enfocar várias formas de como prevenir o Alzheimer. Lembrando que nosso cérebro, com o passar dos anos vai perdendo sua capacidade produtiva e precisa ser treinado com vários exercícios, pois, se não houver treinamentos constantes com exercícios estimuladores, o cérebro pode falhar.

Vale ressaltarmos que o neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de Neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.

Segundo a concepção da teoria de Katz, a mente precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida na mesma proporção que o nosso corpo precisa para ser nutrido e fortalecido a cada dia. Assim, a aeróbica dos neurônios é uma nova forma de manter o cérebro ágil e saudável. Visto que, cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro.

Oportunamente, Jocilene nos apresentou uma figura muito interessante.

Atualmente percebemos o quanto é fundamental aplicarmos algumas dicas que podem fazer a diferença na nossa vida. Sabemos que estamos cada vez mais em uma dinâmica contemporânea que nos remete para o imediato. Queremos soluções práticas e rápidas para ganhar tempo e em curto prazo, conseguir cumprir com as nossas obrigações.

Jocilene nos explicou que para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios cerebrais que concebam as pessoas pensarem somente no que estão fazendo, concentrando-se na tarefa e desafiando sua rotina diária.

Precisamos tomar consciência de que nossa rotina automática, sem nenhuma mudança de hábito, poderá nos prejudicar no futuro. Considerando que na maioria das vezes queremos manter uma boa forma, se preocupando mais com a estética, o corpo sarado, a beleza exterior.

Apresentando a imagem acima, Jocilene nos deu a oportunidade de perceber que o cavalo não se move. Ele fica condicionado em uma cadeira, em uma prisão imaginária. Será que estamos presos a uma cadeira imaginária da nossa vida corrida e robotizada? Precisamos sair da caverna do nosso cotidiano, da nossa falta de atenção e contemplarmos mais as coisas simples da vida. Assim, promoveremos mais qualidade de vida mudando nossos hábitos e costumes corriqueiros.

Assim, Jocilene nos esclareceu que o desafio da Neuróbica é justamente isso, fazer tudo aquilo que contraria as rotinas, obrigando o cérebro a um trabalho adicional. Segue então, o que podemos fazer para ajuda alimentar nosso cérebro:

1-Realizar atividades físicas e de lazer.

2-Dieta com alta concentração de antioxidantes, entre eles o ômega3 e vitaminas C, E, B6 e B12.

3-Manter o cérebro ativo em atividades como leitura, estudos, trabalhos que exijam alta atenção e concentração.

Ao final de sua explanação, Jocilene aproveitou a oportunidade para agradeçer a todos pela participação e troca de experiências. E com a certeza que todos nós a partir de agora prestaremos mais atenção nos nossos hábitos e costumes corriqueiros. Vamos praticar em casa o que aprendemos através da Neuróbica, fazendo exercícios simples mudando a nossa rotina diária.

Segue então, uma mensagem do Grupo de Apoio Abapaz que tive a oportunidade de conhecer e aprender muito com os profissionais, pacientes e familiares:

“Uma das maneiras mais importantes de ajudar as pessoas é oferecer-lhes informação” (Noir Graham).

Para maiores informações, bem como auxílio sobre o Mal de Alzheimer pode ser adquirido na Associação Baiana de Parkinson e Alzheimer.

www.abapaz.org.br

Rio Vermelho – Salvador/BA Tel. (71) 3347-0143.

Referências: www.estadao.com.br ; www.mais.uol.com.br ; www.psicologia10.com ; www.minha.vida.com.br

Jocilene Dórea é graduanda em Psicologia.

Possui Pós-Graduação em Gestão de Pessoas e Graduação em

Pedagogia com Habilitação em Recursos Humanos.