terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

LÓGICA: INSTRUMENTO DO CONHECIMENTO.

Por Josiany Dórea

Será que em algum momento paramos para refletir sobre a Lógica e sua importância no nosso cotidiano? O que a Lógica pode nos proporcionar diante dos avanços tecnológicos?

Vivemos diante de tanta praticidade com respostas prontas e rápidas que facilitam nossas vidas e nos deixam, digamos assim, preguiçosos para pensar e promover o Raciocínio Lógico.

Afinal, o que é a Lógica? Como surgiu e qual a sua finalidade?

Busquemos então, a definição mais utilizada: a Lógica é um estudo formal correto, sistematizado de uma ideia, uma evidência, uma linguagem, um discurso. É uma disciplina filosófica originada na Grécia Antiga. Segundo o dicionário de Filosofia de Nicolas Abbagnano, Lógica = logos, que significa palavra, proposições, oração, mas também pensamento. O objeto da Lógica é a proposição que exprime através da linguagem, os juízos formulados pelos pensamentos.

E assim, iniciamos nossa oitava Conversa Afinada ocorrida em doze de fevereiro que nos remeteu a importância da Lógica como instrumento do conhecimento. Fizemos uma explanação sobre a origem da Lógica nos primórdios da Filosofia. E vimos que a partir do momento em que os primeiros Filósofos se preocupam com os fenômenos da natureza, com a transformação e origem do homem rompendo com a mitologia na Grécia Antiga, surge o pensamento racional, o Logos.

A Filosofia então fornece espaço para um pensamento mais sistematizado, organizado e preocupado com o homem em seu contexto físico, com a forma de conhecer através do argumento, da razão. Destaque para o filósofo Aristóteles que ficou conhecido como o organizador da Lógica clássica, denominada por ele de Organon, palavra de origem grega que quer dizer instrumento.

Aristóteles nos proporciona um sistema filosófico que com o passar dos anos ficou dividido como Lógica formal (simbólica), preocupa-se com a estrutura do raciocínio/ lida com a relação entre conceitos e fornece um meio de compor provas (são rigorosamente definidas) e a Lógica material, aplicação do pensamento (matéria ou natureza do objeto).

Um dos fundamentos principais da Lógica Aristotélica está nos princípios básicos: a lei da identidade (um ser é sempre idêntico a si mesmo: A é A); lei da não-contradição (é impossível que um ser seja e não seja idêntico a si mesmo ao mesmo tempo e na mesma relação. É impossível: A é A e não-A) e o terceiro excluído (dadas duas proposições com o mesmo sujeito e o mesmo predicado, uma afirmativa e outra negativa, uma delas é necessariamente verdadeira e a outra necessariamente falsa. A é x ou não –x, não havendo terceira possibilidade).

O Silogismo Aristotélico formado por três proposições: premissa maior, premissa menor e conclusão tornam-se alicerce para o desenvolvimento da Lógica. Abaixo um exemplo clássico para nos conduzir ao silogismo:

Todo homem é mortal.

Sócrates é homem.

Logo, Sócrates é mortal.

Assim ficou consagrada a Lógica Aristotélica, dando passagem para o avanço da Lógica em várias dimensões.

Cresceu tanto que seguiu para vários ramos da ciência e tornou-se também uma ciência capaz de provocar e promover a medição do chamado QI criando o teste de Avaliação Qualitativa da Inteligência desenvolvida pelo cientista Alberto Einstein. Ele cria um teste de raciocínio lógico que desafia a humanidade. Diz Einstein: somente 2% da população são capazes de resolvê-lo. Será que Einstein queria desafiar as pessoas para assim motivá-las exercitar mais seu cérebro? Não sabemos. Percebe-se que até hoje as pessoas se sentem desafiadas por Einstein.

Segundo a filósofa e escritora Marilena Chauí, durante muitos séculos, a psicologia e a teoria do conhecimento esteve confundida, constituindo uma só disciplina filosófica, encarregada de estudar os modos como conhecemos as coisas, distinguindo o que é puramente pessoal e individual do que é universal e necessário.

Quando a psicologia tornou-se uma ciência, a Lógica representou o ramo da Psicologia, aquela que estuda como funciona o pensamento científico. A corrente Lógica recebeu o nome de psicologismo lógico.

Por fim, a Lógica passa a não ser parte da Teoria do conhecimento e nem da Psicologia, mas uma disciplina filosófica independente. E assim, tornando-se cada vez mais importante em todos os ramos da ciência.

A Lógica contemporânea passa a ter um sentido mais analítico-filosófico; tornando-se uma disciplina mais ampla. Com isso, vai proporcionar muitas mudanças.

Na Psicologia, promove os psicotestes que contribuem para habilitação da carteira de motorista, formulação e aplicação de testes para o processo seletivo em Empresas.

A Lógica também vai se aproximar cada vez mais da tecnologia. A Lógica Matemática ou Simbólica vai proporcionar programas mais avançados no computador. Promove tarefas dentro de um algoritmo que utilizam o conceito da lógica formal para fazer com que o computador produza uma série sequencial.

Vimos que as tabelas-verdades surgiram a partir do desenvolvimento da Lógica em suas funções proporcionais e pelo cálculo dos predicados. Os lógicos que mais se destacaram foram: Gottlob Frege, Charles Peirce (década de 1880) e depois (a partir de 1922), os trabalhos de Emil Post e principalmente, do filósofo austríaco, naturalizado britânico, Ludwig Wittgenstein em sua publicação do Tractatus Logico-Philosophicus, influenciou a difusão da tabela-verdade.

A tabela-verdade na maioria das vezes torna uma dor de cabeça para muitas as pessoas que vão prestar concursos públicos. O Raciocínio Lógico é mais solicitado em provas para concursos nas áreas que envolvem Economia, Direito, Filosofia e afins.

Podemos modificar esse pensamento de que a Lógica somente deve ser estudada para provas de concursos públicos e para alguns seguimentos. Ao contrário, precisamos praticar mais o Raciocínio Lógico a partir das primeiras series iniciais do Ensino Fundamental. Aprender a fazer alguns exercícios que estimulem nosso cérebro podem ser iniciadas com palavras cruzadas, caça palavras, sete erros e outros. Às vezes aconselhamos as pessoas idosas exercitarem para ajudar a saúde do cérebro como estímulo para memória e prevenção de algumas doenças, como por exemplo, o mal de Alzheimer, contudo, precisamos também motivar as crianças e os jovens. “Não se aprende a RACIOCINAR, mas RACIOCINANDO aprende-se!”.

Para dinamizar nossa conversa praticamos alguns exercícios. Abaixo um dos exercícios aplicados. E vale lembrar: “Não desperdice seu tempo. Estude Lógica!”.

A corrida de Tartarugas*

Quatro tartarugas, cada uma de um bairro diferente da cidade, foram inscritas na corrida anual de Tartarugas em Salvador.

Com base nas indicações abaixo, você conseguiria determinar de que bairro é cada tartaruga, e em que colocação cada uma terminou a corrida?

· A tartaruga do Bairro Leste venceu a corrida e Margarida chegou em segundo lugar.

· Paula não é do Bairro Sul nem do Bairro Leste.

· Cássia terminou a corrida em último lugar, logo depois da tartaruga do Bairro Norte.

· Margarida e Jacó moram em bairros opostos da cidade.

COLOCAÇÃO

TARTARUGA

BAIRRO













*Resposta no final do texto.

Finalizamos nossa conversa com uma reflexão Lógica.

A Lógica De!

Conta certa lenda, que estavam duas crianças patinando num lago congelado.
Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam despreocupadas.
De repente, o gelo quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso, e se congelando, tirou um dos patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo por fim, quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!

Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:

- Eu sei como ele conseguiu.

Todos perguntaram:

- Pode nos dizer como?

- É simples: - respondeu o velho.

- Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz.

Albert Einstein.

Agradecemos todos os presentes em mais uma conversa afinada em que realizamos vários exercícios sobre Raciocínio Lógico. Divertimos-nos muito aprendendo a raciocinar.

*A resposta da corrida das tartarugas: 1ª Jacó – leste. 2ª Margarida – oeste. 3ª Paula – Norte. 4ª Cássia – sul.


Agradecimento especial a Jaqueline Silva por fazer todos os painéis para a apresentação, além do desenho ao lado de Albert Einstein.


Referências:

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Ed. Mestre Jou.

ARANHA, Maria Lúcia e MARTINS, Maria Helena. Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo, Moderna, 1995.

BUTCHER, H. J. A inteligência Humana. São Paulo, Perspctiva.

CHAUÍ, Marilena. Filosofia: série Novo Ensino Médio. São Paulo, Átira, 2002.

LÓGICA: apostila para concursos públicos. São Paulo, Distrbuidora Cultural Brasileira Ltda.

Josiany Dórea é graduada em Filosofia e pós-graduada

em História Social e Econômica do Brasil








8ª Conversa Afinada, 12/02/2012.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Acupuntura: Entrevista com Janaina Martins


Por Josiany Dórea

Atualmente, devido ao estresse e uma vida atribulada, cheia de compromissos e preocupações, temos a necessidade de buscar cada vez mais Medicinas Alternativas Holísticas, Terapias, métodos e recursos terapêuticos que possam agregar com a Medicina Tradicional.
Relatos de pessoas que estão fazendo acupuntura demonstram satisfação com o tratamento. A acupuntura já faz parte da vida de vários brasileiros que procuram qualidade de vida.
Desta forma, precisamos adquirir conhecimentos sobre essa prática que vem modificando o pensamento Ocidental.
Formada em Fisioterapia, Acupuntura e Fitoterapia Chinesa, Janaina Martins, esclareceu sobre os benefícios e como funciona na prática a acupuntura.
No processo de realização desta entrevista, Janaina me relatou sua história vida: os obstáculos que enfrentou e a sua superação. Achei tão motivante que resolvi compartilhar com vocês. Portanto, mais abaixo, na próxima postagem podemos verificar essa emocionante história de vida.

Agradecemos sua disponibilidade e contribuição para o nosso blog. Logo abaixo, confiram a entrevista concedida por Janaina.
1-[Josiany] Muito se comenta sobre a Medicina alternativa holística. Entre elas, a acupuntura. O que é acupuntura? E o que é necessário para as pessoas realizarem o tratamento?
[Janaina] Faz-se certa confusão com os termos holísticos e alternativos. Com os estudos que temos comprovados hoje, a Acupuntura foi reconhecida cientificamente como um dos cinco ramos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), deixando de ser uma prática empírica, alternativa, sendo agora designada no Ocidente como terapia complementar.
Acupuntura consiste, basicamente, na inserção de agulhas na pele em pontos específicos que agem com efeito terapêutico em diversas condições. O objetivo é promover um equilíbrio entre corpo, mente e a interação do indivíduo com o meio ambiente.
No Brasil, em algumas cidades, já temos o atendimento de Acupuntura pelo SUS e os planos de saúde fazem a cobertura desta terapia mediante solicitação médica.
2-[Josiany] Há quanto tempo é utilizada a Acupuntura no Brasil? Ela é reconhecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde)?
[Janaina] A acupuntura no Brasil, como em muitos outros países, acompanhou o histórico das migrações de profissionais que dominam essa técnica dos países orientais, onde é uma medicina tradicional. A imigração chinesa no Brasil foi autorizada em 1812. Já a regulamentação do processo de ensino – aprendizagem tem como marco 1958: a fundação da Sociedade Brasileira de Acupuntura e Medicina Oriental e o curso ministrado pelo fisioterapeuta e massoterapeuta Friedrich Johann Spaeth natural Luxemburgo com aprendizagem de acupuntura na Alemanha.
Em 1979, realizou-se em Pequim, o primeiro Seminário Internacional sobre Acupuntura, Moxabustão e Anestesia para Acupuntura organizada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) incluindo representantes de 12 países onde foi elaborada uma lista com 40 doenças reconhecidas como tratáveis com a acupuntura. Com o passar do tempo, essa lista foi amplamente divulgada e modificada.
3 – [Josiany] Quais os recursos usados no tratamento com Acupuntura?
[Janaina] Na verdade, os pontos de Acupuntura podem ser estimulados por: agulhas, dedos (acupressão), stiper (do inglês Stimulation and Permanency - Estimulação Permanente) que são pastilhas de silício; ventosa (embora seja uma aplicação em diversos pontos simultâneos) ou pelo aquecimento promovido por moxa, (geralmente um bastão de Artemísia em brasa), que é aproximado da pele para aquecer o ponto de acupuntura. Há, também, o método de estimulação por laser e corrente elétrica (eletroacupuntura) e auriculoacupuntura.
 
Moxa
 
Ventosa


 
Eletrocupuntura


4-[Josiany] Qual a indicação e a restrição terapêutica para utilização da Acupuntura?
[Janaina] A OMS reconhece a eficácia da Acupuntura em cerca de 300 enfermidades. A utilização mais conhecida é na dor, mas estamos atuando em diversas áreas como: transtornos psicológicos, ginecológicos, urológicos, reumatológicos, cardiovasculares, obesidade, estética, dentre outros.
A princípio, qualquer pessoa pode fazer Acupuntura. No entanto, há algumas restrições como: pacientes em pós- operatório, por exemplo, de câncer de mama não podem ter o membro superior ipsilateral punturado por um período. Não é recomendado fazer Acupuntura em pacientes sem alimentar-se há muitas horas, nem que fizeram refeição farta há pouco tempo, alguns pontos não devem ser utilizados em pacientes grávidas, principalmente no abdômen.
5- [Josiany] Qual profissional pode ser habilitado para trabalhar com Acupuntura?
[Janaina] Ainda não há no Brasil uma regulamentação da profissão de Acupunturista. Para que isso ocorra, foi apresentado no dia 27 de novembro de 2003 pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ), um Projeto de Lei que visa regulamentar o exercício profissional desta atividade, seguindo as orientações da OMS. Pelo projeto, todo profissional graduado na área de saúde poderá exercer esta prática, sendo necessária especialização em Acupuntura. Os profissionais que tiverem curso livre (reconhecido pelo MEC) há mais de cinco anos, também estarão aptos.
6-[Josiany] Muitas pessoas se preocupam com a utilização das agulhas no tratamento, que pode transmitir doenças através da aplicação. Quais são os cuidados necessários?
[Janaina] Não precisa se preocupar em relação a isso, pois as agulhas são de aço inoxidável, individuais e descartáveis. O cuidado deve ser quanto à higiene do local onde se vai realizar o tratamento.
7-[Josiany] Qual a duração do tratamento? Como o Acupunturista sabe quantas sessões o paciente necessita?
[Janaina] Não se pode precisar a duração do tratamento. Quando o paciente é admitido, ele passa por uma avaliação, que serve de base se chegar a um diagnóstico. A partir desses dados, chegamos a um diagnóstico e traçamos um princípio terapêutico.
A Acupuntura trabalha na busca do equilíbrio do organismo e cada pessoa reage de uma forma. Podemos conseguir amenizar e até mesmo eliminar sintomas em uma só sessão, mas a origem da desarmonia não estará sanada. Em outros casos, podem ser necessárias várias sessões para se obter resultados satisfatórios.
8-[Josiany] Depois de feita a Acupuntura, quais os cuidados que a pessoa deve tomar? Por exemplo, existe algum cuidado em relação à alimentação?
[Janaina] Nos primeiros 30 minutos após a retirada das agulhas, o organismo está se equilibrando, diante da manipulação energética que foi realizada. Por isso, recomendamos que o indivíduo evite ingerir alimentos, bebidas e colocar os pés no chão sem sapatos. Recomenda-se ainda que a pessoa evite a ingestão de bebida alcoólica no dia da terapia.

9-[Josiany] Há informações que existe Acupuntura para os animais. Existe esse tratamento em Salvador?
[Janaina] Sim. Os resultados da Acupuntura veterinária estão avançando bastante. Em Salvador já contamos com veterinários especializados em nesse ramo, em clínicas e atendimento domiciliar.
10- [Josiany] Qual o benefício da Acupuntura?

[Janaina] A Acupuntura é um método terapêutico por que promove o equilíbrio do organismo sem causar reações adversas e efeitos colaterais, o que acontece com muitos medicamentos. Assim, podemos prevenir e tratar as enfermidades de uma forma mais sutil.
11- [Josiany] Que mensagem ou informação você fornece para as pessoas que tem medo ou preconceito sobre o tratamento?

[Janaina] Muitas pessoas têm medo de agulha, pois têm como referência a injeção. Mas a agulha da acupuntura é muitas vezes mais fina que a da injeção, (pense que esta deve ter uma espessura que passe um líquido por dentro dela). A pessoa sente uma picada fina e depois a sensação da energia do ponto. Além disso, contamos com recursos como a auriculoacupuntura (com uso de sementes), laser, acupressão, dentre outros.
Outra dúvida freqüente é no sentido religioso. A Acupuntura não tem relação com qualquer religião. Todas as técnicas são de cunho científico.
No entanto, a Acupuntura não pode sozinha, resolver todas as nossas desarmonias. A parceria entre os recursos e técnicas ocidentais e as práticas tradicionais orientais tem trazido excelentes resultados no tratamento das diversas desarmonias que acometem o ser humano.
12- [Josiany] Qual a relação da Acupuntura com a Estética?
[Janaina] A Acupuntura age no tratamento de celulite, estrias, gordura localizada, flacidez, cicatrizes de quelóides, rugas, marcas de expressão, manchas, acne, bolsas suboculares, obesidade (que não um problema somente estético) e acelera a recuperação de cirurgias plásticas.
Além dos procedimentos estéticos promovemos uma organização energética, cuidando de queixas secundárias ligadas à saúde do paciente, mantendo assim os ganhos da estética por um período mais prolongado.

Janaina Martins
CREFITO-7: 38.382/ F
Acupuntura Sistêmica e Estética








Relato de Janaina Martins

Por Josiany Dórea
Colaborações: Jocilene Dórea
e Josemary Dórea
Por Josiany Dórea
Colaborações: Jocilene Dórea
e Josemary Dórea

Janaina Martins é Fisioterapeuta, Acupunturista e Fitoterapeuta Chinesa, e relata um pouco a sua história de vida, após descobrir um tumor em sua coluna vertebral. Entre a paixão em ajudar pessoas na reabilitação de seus movimentos, passou a ser paciente dependente da ajuda de médicos, amigos, fisioterapeutas e da família para sobreviver e mudar o rumo de sua história após seis anos de tratamento intensivo. Encontrou nos benefícios da Acupuntura, força, resignação e fé. Assim segue seu relato.

Desde criança, sempre gostei de estudar, minha vida sempre foi focada nisso. A situação financeira da minha família ficou muito difícil, e então tive que batalhar muito. Na Universidade, comecei estudando Farmácia acabei deixando. Queria ser fisioterapeuta, era minha paixão. A Faculdade era particular, só consegui fazer pelo crédito educativo. Com a ajuda da minha família, depois de dois anos de formada, consegui montar minha clínica.

Um ano depois, estava no auge da felicidade tanto na vida pessoal (namorado que depois se tornou meu noivo) quanto profissional. Quando comecei a sentir uma dor no peito, fiz um Raio-X do tórax que deu normal, mas a dor era muito intensa. Depois passou para a coluna torácica e quando trabalhava, piorava muito. Então fui a uma emergência e o médico passou um Tylex e mandou-me para casa.

Como a dor não passou voltei ao médico, e no Raio-X foi constatado que tinha escoliose o que não justificava a dor que sentia, então pedi para fazer uma Ressonância. Quando fiz o exame, o médico me chamou numa sala e disse que eu tinha um tumor na coluna que precisava ser retirado o quanto antes. Quando o médico falou isso desabei a chorar, sabia que não ia voltar ao normal, ainda mais para exercer a minha profissão. Ele orientou procurar um especialista em coluna, disse que essas cirurgias estavam muito avançadas e que eu podia ficar bem. Sai de lá arrasada, era como se tivesse recebido uma sentença de morte.

A partir daí, não conseguia mais fazer nada. Deixei minha clínica com minha mãe e minha Irmã. Procurei Dr. Gildásio Daltro (ortopedista amigo da família) que mandou fazer exames com urgência e me encaminhou para o Dr. Ricardo Cotias. Com os resultados, Dr. Ricardo explicou tratar-se de uma situação muito grave e que precisaria fazer duas cirurgias. Primeiro abrir a frente do tórax para retirada do tumor e ficar 15 dias na UTI para depois abrir a parte posterior para fazer a fixação da coluna. Contudo, ele advertiu que seria muito arriscado que precisava estudar o caso.

Passados alguns dias, Dr. Ricardo informou que faria uma só cirurgia, juntamente com uma equipe de tórax, mas que precisaria colocar uma peça para substituir a vértebra invadida e fraturada pelo tumor, que a essa altura já comprimia a medula. A história agora foi com o convênio para liberar, pois era uma peça importada que não tinha no Brasil. Eu não aguentava mais levantar, tomava remédios fortes pra dor, até morfina. O sofrimento só aumentava também da minha família, principalmente minha mãe e o meu noivo que foi essencial nesse momento da minha vida. O tumor foi descoberto no dia 27/04 e no dia 12/06/2003 eu fiz a cirurgia. Para sua realização foi necessária minha autorização registrada em cartório constando que poderia ir a óbito, ter uma infecção ou ficar paraplégica e as chances de ficar normal eram mínimas.

No dia da cirurgia minha mãe falou: “você esta tão calma, nem parece que vai fazer uma cirurgia dessa!”. Respondi: não tenho outra saída...

No centro cirúrgico o médico teve que mudar os planos, pois, do último exame o tumor já havia crescido muito, a peça que ele tinha pedido não dava mais para compor o lugar da vértebra danificada. Então, ele teve que tirar uma costela, dois discos e um enxerto do ilíaco que não estava nos planos e colocou na coluna uma haste e dois parafusos. Depois de onze horas de cirurgia, Dr. Ricardo me pediu pra mexer o pé, e quando o fiz, ele respirou aliviado! Por isso, fui obrigada a usar um colete que só tirava pra tomar banho durante um ano.

Na UTI foi uma noite terrível, urrava de dor, até que uma colega fisioterapeuta fez uma mobilização no meu ombro e a dor melhorou, pois, era o dreno que estava mal posicionado. Já tinham me aplicado morfina, dolantina e até anestésico local, sem sucesso.

Quando fui para a enfermaria, passei dias e noites terríveis. As enfermeiras e auxiliares não davam atenção, nem as sirenes funcionavam. Sofri horrores com o atendimento. No entanto, neste período, contei com a preciosa ajuda de uma paciente (Elisabete) que saía do trabalho há quilômetros do hospital para me servir o almoço. Depois ela tornou-se minha madrinha de casamento.

Com dez dias tive alta e fui para casa com o colete. O médico tinha falado para minha mãe que não tinha conseguido tirar o tumor todo, e que ele já tinha marcado o oncologista, mas quando veio o resultado, a biopsia indicou um tumor benigno. Repetimos o exame e o resultado confirmou-se. Dr. Ricardo explicou que se tratava de um tumor muito raro, e na coluna mais raro ainda e que ele só seria maligno se voltasse nos primeiros cinco anos.

Fiquei um tempo na cadeira de rodas, andava com muita dificuldade. Fiquei com sequela de dor crônica, diminuição de força e sensibilidade do lado esquerdo do corpo, e para completar sou canhota.

Os médicos disseram que eu não tinha condições de trabalhar. Vendi a minha clínica, foi um arraso na minha vida. Como se tivessem me tirado o chão! Quando soube da complexidade da cirurgia dispensei meu noivo, falei pra ele que era jovem, bonito e estava livre para seguir sua vida, já que não sabia o que ia acontecer comigo. E ele falou que ia ficar comigo até o fim, não importava o que acontecesse. E assim o fez.

Em casa, e depois em clínicas fiquei fazendo fisioterapia, hidroterapia, RPG, psicoterapia... E fui melhorando, porém comecei a engordar muito com a imobilidade e uma sacola de remédios.

Dois anos após a cirurgia, casei. Mas, as dores me limitavam muito e os remédios me deixavam letárgica. Eu tinha que procurar uma forma de aliviar a dor sem ter que tomar medicamentos. Até por que queria muito ser mãe. Iniciei um tratamento para emagrecer e logo sofri um aborto espontâneo. Continuei no meu propósito e com um ano de reeducação alimentar e hidroginástica, eliminei os vinte quilos que havia adquirido.

Foi então que procurei uma médica gastroenterologista (com queixa de prisão de ventre crônica) que solicitou o tratamento com a Acupuntura. Contudo, não obtive resultados significativos e as dores dificultavam meu deslocamento. Na relação custo/beneficio não estava compensando. Então deixei de fazer, mas tive o discernimento que o problema era a profissional e não a Acupuntura.

Decidi tentar novamente. Foi aí que encontrei a fisioterapeuta e a acupunturista Mirela Braga. Ela me explicou que a acupuntura trata a pessoa como um todo. Melhorariam as dores e também a depressão, que já me acompanhava há tempo e piorou com o fim do casamento. A prova foi que na primeira sessão de acupuntura meu intestino funcionou, o que só acontecia com laxante. As dores foram melhorando e o estado emocional também, mas sentia um enorme vazio sem meu trabalho. Comecei a me sentir mais disposta, então Mirela sugeriu que eu fizesse uma especialização em Acupuntura, para poder voltar a trabalhar, pois não precisaria fazer grande esforço físico, ela só avisou que tinha que estudar muito. E foi o que fiz.

Voltei a focar minha vida nos estudos e no cuidado com minha saúde. Foram dois anos de Pós-Graduação, sempre contando com o incentivo de Mirela, da minha família e amigos. No primeiro dia de estágio, usei o jaleco com bolso do meu último, bordado o meu nome, que minha mãe tinha guardado por seis anos, na esperança de que um dia pudesse voltar. Isto foi muito significativo para mim.

As dores melhoraram sobremaneira, chegando a um limiar que aprendi a conviver com elas, respeitando os meus limites. Os médicos ficaram impressionados com o resultado da Acupuntura no meu caso. Hoje respeitam e prescrevem este tratamento. Tenho pacientes em comum com Dr. Ricardo Cotias, meu cirurgião.

À medida que senti o excelente resultado da Acupuntura, como paciente, quis passar para outras pessoas, sinto-me na obrigação de fazer isso. Trabalho alguns períodos por semana, o que minha condição física permite. Minha missão é cuidar das pessoas. Quando recebo um paciente contando que não consegue sentir as pernas, por exemplo, sei realmente o que a pessoa está sentindo. Tento fazer sempre o melhor.

Quando perdemos a vontade de viver, perdemos tudo. Eu comecei a depressão antes de fazer a cirurgia e depois que fiquei doente da coluna, piorei porque é muito difícil você aceitar uma limitação tão grande. Com a separação ficou ainda mais difícil, mas consegui dar voltar por cima. A Acupuntura foi determinante também nesse aspecto. Hoje trabalho na Clínica que eu era paciente. Fiz Pós-Graduação em Farmacologia Chinesa junto com Mirela e agora vamos trabalhar juntas.

Quando conheci Mirela, minha vida mudou totalmente. Hoje, vejo que apesar das minhas limitações posso ter uma vida normal. É só aceitá-las e respeitá-las. O mais importante é o que posso fazer pelo outro. Como por exemplo, chegou um senhor hoje na clínica dizendo que não dormiu por causa da dor e ele fez acupuntura comigo. Levantou melhor e isso para mim não tem preço. Minha dor passa, diante disso. Quero levar este bem-estar para outras pessoas, pois muitas não conhecem Acupuntura e seus benefícios.

É muito importante ter fé! Nunca perguntei a Deus: porque eu? Sempre peço força e resignação para continuar.








Janaina Martins.
Acupuntura Sistêmica e Estética.
CREFITO-7: 38.382/ F



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A FAMÍLIA

Por Jocilene Dórea

Iniciamos a nossa Sétima Conversa Afinada no dia quinze de janeiro de dois mil e doze com a Música relacionada ao nosso tema: Família. A canção do grupo Titãs nos remete ao período dos anos oitenta em que os papeis dentro da família eram bem definidos.

Percebemos que atualmente são os vínculos afetivos que definem mais os laços familiares e não a consanguinidade como normalmente associamos quando pensamos no tema Família. Ser família é muito mais convivência do que parentesco.

Aprendemos com a nossa convidada Nádia Moura através de uma simples dinâmica, exibida com os dedos das mãos, o verdadeiro conceito de família para que todos os participantes possam entender e dissociar do sentido de grupo biológico.

Na dinâmica, percebemos que o poder do vínculo familiar é muito forte, e que a família é base de toda formação e desenvolvimento do ser humano. É a primeira instituição à qual o indivíduo pertence.

A organização familiar acompanha as transformações da evolução social, econômica, política, tecnológica, relações homossexuais e a emancipação da mulher.

Os costumes e padrões que se revelam em uma moral sexual menos repressiva, com pouca estabilidade no casamento, a sexualidade desligada da procriação são responsáveis pelas mudanças da família tradicional. A estrutura familiar transforma-se no decorrer da história do ser humano.

No século XX, vivemos a alteração do papel feminino onde a mulher em sua maioria é a principal responsável pela renda familiar. As mulheres passam a ter projetos pessoais e profissionais autônomos. Enfrentam uma dupla jornada de trabalho, porque os encargos domésticos continuam sob sua maior responsabilidade.

Devido essas mudanças temos atualmente vários tipos de Família: extensa, nuclear, monoparental, homoparental, recompostas e outras. E assim refletimos: Qual o modelo de família é o mais certo? Analisamos que não existe um modelo padrão. Não é a Família Tradicional a exemplar. O que prevalece para o bom convívio familiar é uma criação direcionada para o respeito, o amor em que os pais (ou os membros que assumem este papel) sejam o exemplo para os filhos.

A Foto ilustra que é possível conviver com as diferenças e isso só épossível através da CRIAÇÃO.

E Como lidar com as diferenças?

No vídeo (ver abaixo) Bob, o filho, entra numa crise de identidade. Conflito entre querer agradar o pai e satisfazer seus desejos.



No vídeo Bob não pode dizer o que ele realmente quer para não desagradar o pai. E esconde da família, por certo período até quesua própria identidade se revela.
Em cena o pai vai procurar Bob no quarto e diz: “meu filho não confia em mim”. Sendo assim, o filho sabe que será rejeitado expondo sua opinião contraria ao pai. A descoberta provoca a insatisfação do pai é como se tudo que o pai projetou para seu filho, fosse dilacerado, o filho não é mais aceito.

Educar alguém significa ensinar alguém. Isso quer dizer, passar ideias, opiniões e conhecimentos, que variam de pessoa para pessoa. Porém, algumas vezes pais e filhos têm opiniões diferentes.

Nada melhor que um bom diálogo para o entendimento, afinal de contas, é conversando que a gente se entende. Isso foi mencionado no Vídeo na mediação feita pela a mãe.

Os pais não vivem no mesmo mundo dos seus filhos.Cada um tem seu próprio mundo e por isso o diálogo é tão importante. Ele é a ponte de um mundo para outro: o mundo dos pais e o dos filhos.

Para isso é preciso se colocar no lugar do outro, o que é uma tarefa difícil. Porém é importante fazer este exercício de empatia frequentemente, pois muitos conflitos poderiam ser evitados. Algumas perguntas são norteadoras como, por exemplo: O que meu filho pensa sobre determinado assunto? Como ele se sente? As respostas ajuda entender as ações das pessoas que amamos.

Todo mundo sabe que os pais só querem o melhor para seus filhos.Mas será que os pais sabem o que é melhor para seus filhos?

O melhor para qualquer família é poder ter espaço para expor e conversar sobre opiniões,vontades, experiências, dúvidas, ser compreendido e respeitado.

Bom relacionamento familiar não é fácil, porém não precisa ser impossível.Como são pessoas diferentes, com idéias, objetivos, sentimentos e percepções diferentes e que convivem juntas, precisam se respeitar.

Para os filhos, relacionar-se com os pais é difícil muitas vezes, pois são eles que proíbem as vontades mais incontroláveis, dão limites, brigam, dizem não diante das insistências em dizer sim e dizem sim quando se prefere o não.

Pronto! A confusão está feita. Mas como resolvê-la?

O filho pode dizer o que aconteceu, o que pensa e sente?

Os pais o aconselham e indicam um caminho, por vezes caminham juntos ou constroem novos caminhos para soluções. Desta forma, podem-se construir laços de amizade e confiança e sempre possuirão entrada livre para ensinar-lhes a enxergar e trilhar os melhores caminhos.

Portanto, educação significa partilha e união. Lembramos a celebre frase de Pitágoras, matemático e filósofo grego, (570 a.C- 496 a.C) que afirmava “Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos." Por isso, dentro da família, a educação é a ponte possível entre os dois mundos: o dos pais e o dos filhos.

O profissional em Psicologia da Família aplica importantes intervenções no grupo familiar. Pois estudos demonstram que os conflitos estão mais relacionados com o comportamento familiar do que com o comportamento individual. Assim, a terapia trabalha questões voltadas para os relacionamentos dos membros familiares.

Finalizamos com a dinâmica dos gravetos aplicada por Nádia Moura inspirada no Filme História Real.


Os gravetos quando separados são frágeis e se quebram facilmente. Mas quando estão juntos, unidos ficam fortes, firmes e resistentes.



Como ilustrado na Figura ao lado para eles ficarem unidos é preciso um elo. Fazendo uma analogia com a família, percebemos que este elo é a força que vem dos pais, avós ou membros familiares que promovem e garantem esta ligação integrando toda família.


O principal fator para uma família é o amor. Os filhos irão crescer acreditando na força desse sentimento que á a base de tudo. Sendo assim, surge a compreensão, o diálogo, a imposição de limites, a honestidade, os valores éticos.

Agradecemos a presença de nossas convidadas Aldalice Souza, Joacira Conceição e Nádia Moura.


Jocilene Dórea é estudante de Psicologia
É graduada em Pedagogia com Habilitação em RH
E pós-graduada em Gestão de Pessoas










7ª Conversa Afinada em 15/01/2012

domingo, 15 de janeiro de 2012

RETROSPECTIVA 2011

É BOM RECORDAR!
Por Josiany Dórea

No décimo sétimo dia do mês de dezembro realizamos nossa Sexta Conversa Afinada com uma retrospectiva dos encontros que tivemos durante o primeiro ano de Insight Filosófico.

Em Julho/2011, a nossa Primeira Conversa Afinada foi o alicerce que precisávamos para caminhar em direção aos novos conhecimentos adquiridos durante todo o percurso dos nossos encontros. “O conhecimento traz luz” nos fortaleceu e provou que precisamos todos os dias sair da caverna e criar novos insights.

Partimos para a Segunda Conversa - Parte I, em agosto/2011, exibida por Jocilene Dórea e vimos o quanto foi importante adquirir informações sobre o mal de Alzheimer. Fizemos alguns exercícios para mais uma vez trabalharmos com os dois lados do cérebro: a memória e a percepção.

Ao lado um dos exercícios praticados no nosso encontro. Tente fazer também e exercite o seu cérebro. Ele agradece.

De forma simples e descontraída caímos de paraquedas na poesia e demos de cara com a poesia concreta com o título: Círculo filosófico. Foi muito bom recordar a Segunda Conversa Parte II apresentada por Viviane Oliveira. O brilho e o encanto da poesia nos contagiaram e provaram que a Poesia e a Filosofia formam um casamento perfeito.

Em setembro e outubro/2011, a Terceira e a Quarta Conversas Afinadas foram um salto para recordarmos sobre o Meio Ambiente X Qualidade de Vida. Como foi bom relembrar as apresentações de Jaciene Santos e Virginia Oliveira sobre a importância da água, refletir sobre a preservação do meio ambiente e rever a explanação sobre as doenças provocadas pela falta de saneamento básico e pelo desmatamento florestal.

Será que precisamos de um motivo para ser feliz? Recordamos nossa Quinta Conversa em novembro/2011 com essa pergunta. Relembramos a minha apresentação e de Josemary Dórea sobre Felizsofando com Epicuro. Foi muito importante perceber o quanto esse tema pode ser explorado e quantos aspectos podem ser abordados sobre a Felicidade. E haja conversa...

É possível ser feliz sem consumir nos tempos
atuais?
Ou é impossível consumir e não ser
feliz?
Que diferença há nas relações entre...
Quem faz do consumo um meio de felicidade
E quem nega o consumo na tentativa de ser feliz?
Será essa a medida da Felicidade?

Recordamos com um vídeo produzido por Jocilene Dórea e Marcio Carvalho, as apresentações dos nossos encontros. Um momento único e maravilhoso de convivência e respeito ao saber. Jocilene Dórea reforçou as apresentações com suas sábias palavras sobre o conhecimento.

Vejamos:

"Você aprender algo é muito gratificante porque eleva autoestima. O ser humano tem a capacidade de aprender coisas novas o tempo todo. O que a gente aprende o nosso cérebro automatiza e daí, a gente começa a poder aprender várias coisas. Contudo, o que fazemos? Temos a mania de sempre fazer as mesmas coisas e acabamos deixando de lado o novo. É mais fácil ser elogiado pelas coisas que normalmente fazemos do que dirigirmos para outra pessoa e falar: eu não sei. Você me ensina? Na maioria das vezes, o orgulho atrapalha a gente. Acreditamos que quando pedimos para nos ensinar e demonstrarmos que não sabemos estamos nos expondo e mostrando fragilidade. Para mim, estamos no fundo é quebrando uma barreira, uma oportunidade de interagir com o outro. Percebo que sempre tem algo que sabemos e tantas coisas para aprender.

Vamos aprender a ser feliz;
Aprender a se relacionar com o outro;
Aprender a ser justo;
Aprender a ter paciência;
Aprender a contemplar o belo;
Enfim, aprender tudo, para assim,
a vida se tornar mais fácil!" (Jocilene Dórea)

Para finalizar escolhemos o poema de Fernando Pessoa como reflexão sobre o que podemos fazer para o ano de 2012.

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!

A todos os colaboradores, amigos, convidados, seguidores e visitantes do Blog, nosso muito obrigado por nos permitir compartilharmos essa ideia.

domingo, 8 de janeiro de 2012

E 2012 JÁ COMEÇOU

Início de 2012 e os nossos corações se enchem de esperança de um ano melhor. É tempo de refletir o que conquistamos e o que perdemos no ano que passou. E lembrar que os erros e acertos fazem parte da luta diária da vida.
E as oportunidades? Sim, será que conseguimos “agarrar” todas elas? Ou deixamos passar sem percebê-las? É hora de olharmos para o nosso interior e perguntar: o que eu preciso mudar para conquistar aquilo que desejo?

Lamentações, pessimismos, nos fazermos de vítimas, angústias e desânimo são caminhos fáceis para não atingir nossos objetivos. Estes sentimentos sempre colocam a culpa nos outros, e, na verdade, os verdadeiros culpados somos nós.

Obstáculos? Sempre vão existir. Mas, se ele for pequeno, pule, se for espaçoso tipo uma barreira, passe de lado e se for grande passe por baixo. Agora se ele é imenso, aí, não tem jeito. Peça ajuda! Grite, bata, dê murro, pontapé, persista. Quem sabe ele não olha para você e diz: puxa, que pessoa mais chata, fui! O caminho está livre para a sua felicidade! E se algum sonho, por algum “descuido” não se realizar, ah! Tente mais uma vez, agora com mais experiência, aprendizado e amadurecimento.

Desejo a todos vocês um ano cheio de realizações, prosperidade, muito, mais muito, AMOR! Porque é através dele que se chega a FELICIDADE!



Um abraço,

Josemar Dórea.